Projeto de mosquito transgênico vai custar R$ 3,3 milhões

Valor é referente à contratação de empresa para execução de projeto “Aedes do bem”, que promete reduzir a população do Aedes aegypti em JF


Por Tribuna

10/08/2017 às 10h55- Atualizada 10/08/2017 às 21h27

O projeto “Aedes do bem”, lançado em Juiz de Fora no último mês com o objetivo de reduzir a população do Aedes aegypti na cidade, vai custar R$ 3,3 milhões à Prefeitura. O valor foi estipulado em contrato, cujo extrato foi publicado nos Atos do Governo desta quinta-feira (10). A duração da parceria entre a Prefeitura e a Oxitec do Brasil Tecnologia de Insetos Ltda. é de quatro anos. A empresa é a responsável pelo projeto que visa ao controle do Aedes aegypti, por meio da modificação dos genes de mosquitos machos, que copulam com fêmeas selvagens, produzindo mosquitos não-funcionais.
Em Piracicaba (SP), primeira cidade brasileira onde o projeto foi implantado, R$ 3,5 milhões foram gastos para impactar uma população de 65 mil habitantes, conforme informações disponíveis no site da prefeitura da cidade. Juiz de Fora é a segunda a receber o Aedes do Bem no país. Inicialmente, dez mil pessoas serão atingidas, mas, ao longo do projeto, a expectativa é que 50 mil juiz-foranos sejam impactados.

Em entrevista à Tribuna, o subsecretário de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Rodrigo Almeida, destacou que o Aedes do Bem é “mais uma frente no serviço de promoção à saúde e combate ao Aedes aegypti” e que, além de proteger a população das doenças transmitidas pelo mosquito, o projeto é mais econômico. “Em 2016, gastamos mais de R$ 7 milhões no período de epidemia da dengue, na parte assistencial. Com o combate direto ao vetor, trabalhamos com um valor muito mais econômico e eficiente do que na assistência.”

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O subsecretário reforçou ainda que o montante será distribuído nos quatro anos de duração do projeto em Juiz de Fora, sendo que, a cada ano, mais habitantes serão impactados com a iniciativa.
O projeto já está em funcionamento no Bairro Vila Olavo Costa, na Zona Sudeste. Agentes comunitários e de endemias estão atuando com o objetivo de esclarecer como o projeto funciona para que, nos próximos meses, os mosquitos transgênicos possam ser liberados na região. Segundo a Secretaria de Saúde, a previsão é que os mosquitos comecem a ser liberados daqui a dois meses. Os bairros Monte Castelo, na Zona Norte, e Santa Luzia, na Zona Sul, são os próximos onde o projeto será implantado.

Durante a solenidade de assinatura do contrato para a implantação do Aedes do Bem em Juiz de Fora, no dia 11 de julho, a secretária de Saúde, Elizabeth Jucá, afirmou que o investimento inicial da Prefeitura foi de R$ 165 mil, valor proveniente do Município e já destinado ao combate ao Aedes.

 

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