Suspeita de guardar armas dispensa escopeta e 10 munições na Olavo Costa

Mulher seria irmã de um dos criminosos da região onde ocorre tráfico de drogas


Por Sandra Zanella

09/10/2017 às 11h02

Uma mulher suspeita de guardar armas para criminosos da Vila Olavo Costa, Zona Sudeste de Juiz de Fora, conseguiu escapar de uma abordagem de policiais militares, na noite do último sábado (7). O caso aconteceu entre as ruas Sargento João Orlando Daniel e Abílio José Gomes, na divisa com a Vila Ozanan. Na fuga por uma trilha, ela jogou no chão uma bolsa onde estavam uma escopeta calibre 28 e dez munições intactas.

A investida teve início após uma equipe em patrulhamento pela região receber informações de que a moradora, de idade não informada, estaria escondendo uma arma de fogo em sua residência e estaria prestes a entregar o armamento para um grupo da localidade conhecida como Terreirão, onde ocorre intenso tráfico de drogas. A arma seria utilizada naquele mesmo dia em um ataque contra rivais. Ainda conforme a denúncia, a suspeita seria irmã de um dos bandidos e constantemente guardaria materiais ilícitos para ele e seus comparsas.

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Diante da situação, militares seguiram para um local próximo à casa da denunciada e começaram a observar a movimentação. Por volta das 21h30, a moradora foi vista saindo do imóvel carregando uma bolsa preta semelhante às usadas para transportar armamentos. A mulher também teria demonstrado apreensão. Os policiais se aproximaram aos poucos, mas a suspeita teria percebido a presença de uma viatura e fugiu pela trilha de acesso à Vila Ozanan, dispensando o material. Apesar do rastreamento, ela não foi localizada.

As disputas entre grupos rivais na Olavo Costa se acirraram após o duplo homicídio de dois irmãos, de 35 e 39 anos, assassinados com vários tiros de pistola 9mm, na manhã do dia 15 de setembro, na Rua da Esperança. Segundo a polícia, o crime teria relação com a disputa por pontos de venda de entorpecentes no bairro. As ações criminosas revelam cada vez mais frieza e poderio de armamentos. Cinco dias depois, outro homem, 31, foi baleado no glúteo e de raspão na cabeça na mesma área. Já no dia 17, um adolescente, 17, foi atacado por desafetos entre as ruas Filonilia Carlota de Jesus e Jacinto Marcelino. Ele tentou escapar da gangue rival pulando muros, mas acabou sendo alvejado por um projétil, que transfixou seu braço direito e ficou alojado próximo às costelas.

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