Feto achado em lixo no Olavo Costa foi abortado


Por Sandra Zanella

09/10/2014 às 11h50- Atualizada 09/10/2014 às 20h17

A necropsia feita no feto do sexo masculino achado em um latão de lixo na Vila Olavo Costa, Zona Sudeste de Juiz de Fora, aponta que o mesmo não teve vida extrauterina, ou seja, foi fruto de um aborto. “Conversei com o médico legista e, segundo ele, a causa da morte é indeterminada. No entanto, por meio de exame ele conseguiu verificar que não houve vida extrauterina, portanto, trata-se de um feto”, informou nesta quinta-feira (9) o novo titular da Delegacia de Homicídios, Rodrigo Rolli.

“Não foi infanticídio. Vou trabalhar com as hipóteses de aborto provocado ou espontâneo e tentar identificar a mulher envolvida. Nossos investigadores já estão nas ruas”, disse o delegado. “Se tiver sido aborto espontâneo não é crime, mas a conduta de ter jogado o feto no lixo leva a outro crime, que nós vamos verificar.”

PUBLICIDADE

Rolli acrescentou que o feto não apresentava lesões internas ou externas, o que teria contribuído para o exame de necropsia dar inconclusivo para a causa da morte. A grávida apontada por populares como suspeita no boletim de ocorrência seria uma jovem usuária de drogas, e o delegado acredita ser possível que ela tenha sofrido um aborto espontâneo. “Isso é muito comum de acontecer com usuárias de crack.”

O caso registrado na terça chocou os moradores da Rua Oscar Kelmer Filho. O feto foi achado por uma mulher, 67, e estava enrolado em um cobertor sujo de sangue dentro do latão de lixo.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.