Agente penitenciário encontra ossada no quintal de casa

Pai de rapaz desaparecido há quatro anos suspeita que restos mortais possam ser de seu filho


Por Vívia Lima

09/07/2018 às 18h03

A Polícia Civil irá investigar o encontro de uma ossada humana nos fundos de um imóvel onde mora um agente penitenciário, 45 anos. Os restos mortais foram encontrados no último sábado (7), na Estrada União e Indústria, no momento em que o agente fazia a limpeza do quintal, por volta das 14h. Segundo consta no Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), após avistar a ossada, o agente fez contato com a Polícia Militar. Durante o registro da ocorrência, um homem, 47, compareceu ao local e informou que seu filho havia desaparecido há quatro anos, e o carro dele teria sido encontrado naquela região, levantando a suspeita de que a ossada possa ser do rapaz. Na época do desaparecimento, o jovem tinha 24 anos. A Tribuna acompanhou o drama da família, que espalhou cartazes em diversos pontos à procura de Rodrigo Santiago Sebastião, mas sem sucesso.

Conforme o registro policial, o homem foi orientado pelo perito a procurar a delegacia e solicitar exames que deverão comprovar ou não as suspeitas. Após perícia, a funerária recolheu a ossada e encaminhou para o Instituto Médico Legal (IML). A assessoria da Polícia Civil informou que o episódio será encaminhado para a 6ª Delegacia, no entanto, não deu detalhes sobre quando serão realizados exames de DNA para comparação com material genético. A Tribuna tentou contato com a família de Rodrigo Santiago, no entanto, as ligações não foram atendidas na tarde desta segunda-feira (9).

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Em 2014
Rodrigo Santiago desapareceu em 3 de abril de 2014 e, nove meses depois, familiares ainda aguardavam uma resposta em relação ao sumiço do rapaz. Naquele ano, embora o corpo não tenha sido encontrado, o desaparecimento já era tratado como homicídio pelo delegado Rodrigo Rolli, que estava à frente da 6ª Delegacia. O policial afirmou que “o jovem não tinha envolvimento com o tráfico e não tinha desafetos. Era trabalhador e sem antecedentes criminais”. Após a transferência de Rolli, em outubro de 2014, as investigações foram assumidas pelo delegado Rodrigo Massaud. Familiares do rapaz e testemunhas foram ouvidos, mas não relataram nenhuma anormalidade. Uma acareação com os rapazes que estiveram com Rodrigo no dia em que desapareceu chegou a ser realizada. No local onde o carro estava, nada de estranho foi encontrado, fato que levou a polícia a descartar a ocorrência de uma morte no veículo. O Ministério Público chegou a interferir no episódio, cobrando agilidade na conclusão do inquérito.

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