Morte nos trilhos sob investigação


Por SANDRA ZANELLA* * COLABOROU MICHELE MEIRELES

08/11/2014 às 07h00- Atualizada 10/11/2014 às 10h47

Frenagem brusca evitou atropelamento de pedestre na travessia da Rua Benjamin Constant, no Centro

Frenagem brusca evitou atropelamento de pedestre na travessia da Rua Benjamin Constant, no Centro

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A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar a morte de um jovem, 19 anos, que foi atropelado por um trem, na noite de quinta-feira, na Avenida JK, na altura do Bairro Nova Era, Zona Norte. De acordo com a PM, Leonardo Pereira da Silva estava deitado de bruços sobre os trilhos, quando uma composição férrea com 49 vagões vazios se aproximou, pouco antes das 21h. O maquinista, 25, relatou à PM que seguia de Barra do Piraí (RJ) para Juiz de Fora e avistou algo sobre a linha férrea. Ele afirmou ter acionado imediatamente os sinais sonoros e os freios de emergência e, ao se aproximar, confirmou se tratar de um homem deitado. Porém, mesmo com todos os alertas emitidos, a vítima permaneceu imóvel, e o condutor não conseguiu parar o trem a tempo de evitar o atropelamento.

Ainda conforme a PM, as rodas da composição férrea passaram sobre o abdômen de Leonardo. O trem ficou parado sobre os trilhos após o acidente, e o Samu constatou o óbito da vítima. Um tio de Leonardo reconheceu o sobrinho. Peritos da Polícia Civil realizaram os levantamentos, e o corpo foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML).

De acordo com o delegado titular da 3ª Delegacia Distrital, pelo forma como aconteceu o atropelamento, há suspeita de que a vítima tenha sido assassinada anteriormente e seu corpo deixado sob os trilhos. “Aguardo o laudo do IML, que vai precisar a causa da morte. Também foi expedida uma ordem de serviço para apurar quando ele foi visto pela última vez e se tinha participação em alguma ação criminosa”, disse.

Em nota, a MRS Logística, concessionária que administra a via férrea, informou que também considera as hipóteses de homicídio com abandono de cadáver na ferrovia e suicídio. Ainda de acordo com a empresa, a composição trafegava em velocidade baixa – 27km/h – e dentro do limite para o trecho. “Todos os procedimentos de segurança foram adotados. Apesar disso, o homem não esboçou reação, e o corpo ficou preso sob as máquinas”, informou a concessionária.

Trem para

Já no final da manhã de ontem, uma composição férrea acionou os freios de emergência próximo à travessia da Rua Benjamin Constant, no Centro. Segundo a MRS, um pedestre atravessou a linha no momento em que o trem se aproximava, por volta das 11h30 e, por motivos de segurança, o maquinista utilizou o sistema de freios. A composição ficou parada durante cerca de 40 minutos, obstruindo as passagens de nível da Benjamin, da Praça da Estação e do Poço Rico. Muitos pedestres se arriscaram andando às margens da via férrea e atravessando sobre os trilhos ou entre os vagões.

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Na Praça da Estação, a Tribuna flagrou uma cena inusitada: uma fila se formou para cruzar a passarela. Já no trânsito, motoristas tiveram que ter paciência, principalmente na Avenida Brasil, em direção ao Viaduto Augusto Franco, porque a rota foi utilizada como desvio.

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