Instituições de ensino de JF alcançam resultado satisfatório em avaliação do MEC


Por Eduardo Valente

08/03/2017 às 20h04- Atualizada 08/03/2017 às 20h06

Apesar de nenhuma instituição de ensino superior em Juiz de Fora ter atingido a nota máxima no Índice Geral de Cursos (IGC) do Ministério da Educação (MEC), o resultado obtido por todas foi considerado satisfatório (ver quadro). A avaliação é baseada em levantamento feito em 2015, em 18 graduações das ciências sociais, humanas e tecnologias, e leva em consideração, entre outros fatores, a estrutura física, a qualificação do corpo docente e o resultado dos alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Com relação ao IGC, cujo conceito pode ir de 1 a 5, três instituições ficaram na faixa 4: o Centro Universitário Estácio de Sá, a Faculdade Doctum e a UFJF. São considerados insatisfatórios os resultados 1 e 2 que, no entanto, não foram observados nas instituições como um todo na cidade.

Em outros índices avaliados neste mesmo levantamento, porém, o nível insatisfatório esteve presente. Este foi o caso do Conceito Preliminar de Curso (CPC), que leva em consideração a qualidade da graduação oferecida, como infraestrutura e qualificação do corpo docente. O curso de Tecnologia em Design de Moda do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF) foi classificado na faixa 2. Em nota, a assessoria de comunicação da faculdade esclareceu que o curso pode ter obtido resultado abaixo do esperado por causa de alguns problemas enfrentados, como a perda de professores para universidade públicas e as trocas de coordenação por motivos de doença. No entanto, garantiu que a graduação possui “excelente infraestrutura e instalações físicas. A organização didático-pedagógica é moderna e atualizada. Os egressos do curso ocupam posição de destaque em empresas privadas e como empreendedores”.

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Quando o resultado é insatisfatório, penalidades podem ser aplicadas. Em casos mais graves, pode haver, inclusive, proibição de novos vestibulares ou o fechamento do curso. Em um mês, o MEC vai divulgar quais serão as penalidades de todas as 917 graduações do país que estão neste patamar.

Com relação ao Enade, cinco graduações tiveram conceito 2. Porém, esta avaliação dos estudantes não foi suficiente para o CPC atingir o mesmo patamar. Estes são os casos dos cursos de administração e direito da Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac), que tiveram CPC 3 e 4, respectivamente; teologia e jornalismo do CES/JF, com CPC 3 em ambos; e direito da Universidade Salgado de Oliveira (Universo), cujo o CPC obtido foi 3.

 

Enade máximo

Nenhuma graduação avaliada obteve CPC 5, que é a pontuação máxima, em Juiz de Fora. No entanto, algumas atingiram nota máxima no Enade. Estes foram os casos das formações em administração, direito, psicologia, ciências contábeis e jornalismo da UFJF; e administração das Faculdades Integradas Vianna Júnior.

Única instituição pública na relação local, a UFJF comemorou o resultado obtido. Conforme o reitor Marcus David, os dados foram recebidos com satisfação. “Vamos fazer uma avaliação ainda mais aprofundada por meio da diretoria de Avaliação Institucional, mas já podemos afirmar que as notas põem em evidência a excelência do ensino na UFJF. Também agradecemos aos professores, técnico-administrativos e alunos envolvidos nestes processos e que, certamente, têm um papel fundamental nos resultados obtidos.”

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