Defesa Civil e Bombeiros são acionados para ocorrências em Juiz de Fora

Entre os registros estão deslizamentos de terras e quedas de árvores; acumulado de chuvas em janeiro já chega à metade do previsto para todo o mês


Por Renan Ribeiro e Gabriel Silva, sob supervisão do editor Eduardo Valente

08/01/2022 às 13h55- Atualizada 08/01/2022 às 17h36

As chuvas entre a noite de sexta-feira (7) e a manhã deste sábado (8), provocadas pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul, conforme informou o 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), provocaram ao menos 11 ocorrências em Juiz de Fora. O número de acionamentos foi revelado pela Defesa Civil do município no início da tarde de sábado. Os casos mais graves aconteceram nos bairros Monte Castelo, na Zona Norte, e Bonfim, na região Leste.

Registro do deslizamento de terra no Bairro Bonfim

O caso do Bairro Bonfim foi atendido no início da tarde de sábado pela Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros. No local, um escorregamento de talude atingiu uma residência de dois andares, na Rua Barão do Retiro próximo à Rua Eugênio Fontainha. Não houve registro de feridos e as equipes atuaram durante todo o sábado no endereço. De forma preventiva, famílias de dois imóveis do entorno foram retiradas do local. A previsão é que os imóveis só seriam liberados após vistoria técnica da Defesa Civil. Até o fechamento desta edição, não houve atualização do caso.

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As equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil também registraram um deslizamento de terra na Rua Enéas Mascarenhas, na altura do número 94, no Bairro Monte Castelo, na região Norte. De acordo com os bombeiros, o barranco cedeu nas proximidades de algumas residências. Equipes estiveram no local durante o sábado para atender à ocorrência. Também até o fechamento desta edição a ocorrência seguia em andamento.

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Deslizamento de terra assustou moradores no Monte Castelo (Fotos: Corpo de Bombeiros)

Ainda na sexta-feira, à noite, o Corpo de Bombeiros registrou a queda de duas árvores em Juiz de Fora. Uma dela na Avenida Rio Branco, na altura da Santa Casa de Misericórdia. O outro caso ocorreu no Bairro Bandeirantes. Os militares fizeram o corte das árvores para a posterior liberação do tráfego de veículos. Não houve feridos ou relatos de outros danos.

Acumulado de chuvas chama atenção

De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Juiz de Fora enfrenta chuvas de forma ininterruptas desde a noite da última quinta-feira (6). Para se ter ideia, entre o início da fase de instabilidade atmosférica e o fim da tarde deste sábado (8), o acumulado de chuvas no município já era de 75 milímetros, índice que representa 23% do previsto para todo o mês. Conforme a média história do Inmet, que leva em consideração o comportamento das chuvas no município nos últimos 30 anos, em janeiro são esperados 322 milímetros de precipitações. Nos oito primeiros dias do mês choveu 52% do previsto.

Além do Inmet, o município dispõe de pluviômetros automáticos espalhados pelas mais diferentes regiões da cidade. Estes equipamentos, sob responsabilidade da rede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), mostram quais bairros de Juiz de Fora foram os mais atingidos com as últimas chuvas. Segundo os dispositivos, entre a noite de quinta-feira e o fim da tarde deste sábado choveu até 103 milímetros em Chapéu D’Uvas. Em seguida aparecem, como destaques, os bairros Filgueiras (75 milímetros), Floresta (73 milímetros), São Pedro (69 milímetros) e Graminha (68 milímetros).
Instabilidade permanece

Os próximos dias ainda serão chuvosos em toda a região em razão de um canal de umidade que se formou entre o Norte e o Sudeste brasileiro, chamado de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Por causa deste sistema meteorológico, pode chover de forma intensa, em toda a Zona da Mata, pelo menos até a próxima terça-feira (11).

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Tópicos: chuva

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