Estação de Tratamento de Esgoto começa a operar em fevereiro

Previsão da Cesama foi anunciada durante visita às obras do ministro das Cidades Bruno Araújo


Por Eduardo Valente

07/11/2017 às 19h30- Atualizada 08/11/2017 às 08h28

Ao lado do deputado Marcus Pestana e do prefeito Bruno Siqueira, ministro das Cidades destaca importância da obra para a saúde da população de Juiz de Fora (Foto: Olavo Prazeres)

A Cesama planeja para o início de 2018 os testes operacionais para o funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Granjas Bethel, na Zona Sudeste, que tem como objetivo tratar até 70% do esgoto da cidade que hoje é despejado no Rio Paraibuna. Nesta primeira fase, serão levados os dejetos produzidos nas regiões dos bairros Poço Rico e Vila Ideal, aumentando para quase 35% o índice de esgoto tratado na cidade. A informação foi dada nesta terça-feira (7), durante visita às obras pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), em companhia com o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) e outras autoridades da cidade e da região. O ministro também anunciou a disponibilização de mais recursos para obras de contenção de encostas no município.

Sobre o início da operação da ETE – cujas obras foram iniciadas em 2013, já estão 90% concluídas e fazem parte do projeto de despoluição do Rio Paraibuna orçado em R$ 140 milhões -, o diretor de Desenvolvimento e Expansão da Cesama, Marcelo Mello do Amaral informou que, até janeiro, deverão ser concluídas obras estruturais das tubulações que permitirão a chegada do esgoto à estação. Neste momento, as intervenções se concentram na região da Estrada União e Indústria, próximo ao Abrigo Santa Helena. “Já fizemos alguns testes na estação, como de bombeamento e de estanquidade (para verificar se não há vazamentos na estrutura). Por isso, a expectativa é de já liberar o esgoto da Vila Ideal e Poço Rico nas tubulações coletoras a partir de fevereiro. Isso vai representar um salto de 10% para 35% do esgoto tratado em Juiz de Fora”, informou. Ainda segundo o diretor, este índice vai aumentando gradativamente, à medida que forem concluídas as obras de separação da água e esgoto e da separação dos fluídos nos córregos que deságuam sobre o Rio Paraibuna, como São Pedro, Tapera, Danta, Matirumbide e Yung.

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Para o ministro das Cidades, Bruno Araújo, o contrato em vigor e o investimento mostram a preocupação de Juiz de Fora com a saúde da população. “Geralmente, os municípios brasileiros se concentram em pedir recursos para pavimentação e recapeamento, que também são importantes, mas são obras como esta que cuidam da qualidade de vida das pessoas”, disse, afirmando que o ministério dispõe de recursos de quase R$ 5 bilhões para custear obras, em todo o país, nas áreas de saneamento, pavimentação e mobilidade urbana. “Os municípios estão enviando seus projetos e se habilitando, o que também pode ocorrer com Juiz de Fora.”

Obras de contenção
Durante a visita, o ministro assinou a ordem de serviço de R$ 5.777.940,60 para outras obras de contenção de encostas na cidade. Segundo Bruno Siqueira, trata-se do convênio que já resultou em intervenções que, somadas, chegaram a R$ 20 milhões. “Vamos agora assinar para iniciar as obras, o mais rápido possível, em cinco bairros importantes da cidade.” Neste lote, serão beneficiadas áreas de riscos nos bairros Jardim Natal, Zona Norte; Lourdes, na Sudeste; Carlos Chagas, região Norte; Santa Rita e Linhares, na Leste. Nos últimos quatro anos, receberam obras desta natureza 15 áreas da cidade, em bairros das regiões Sudeste, Leste, Nordeste, Norte, Sul e Cidade Alta.

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