Recém-nascido morto é encontrado dentro de latão de lixo no Olavo Costa
Atualizada às 19h56
Um recém-nascido do sexo masculino foi encontrado morto enrolado em um cobertor dentro de um latão de lixo, no final da manhã desta terça-feira (7), na Rua Oscar Kelmer Filho, na Vila Olavo Costa, Zona Sudeste. O caso chocou moradores e foi descoberto por uma mulher, 67 anos, que preferiu não se identificar. Ela contou que varria a calçada e, quando foi jogar o material na lata, viu um cobertor sujo de sangue e chamou uma vizinha. Ao mexer, as duas confirmaram a presença do bebê e ligaram para a Polícia Militar. A Perícia da Polícia Civil esteve no local e, durante levantamentos, encontrou um ferimento na região do umbigo, possivelmente causado pela retirada do cordão umbilical, mas não constatou outras lesões aparentes. A causa da morte e a idade do recém-nascido, que aparentava ser prematuro e ainda estava com o couro cabeludo úmido e o corpo manchado de sangue, só serão determinados após análise do médico legista.
“Pensei em queimar o cobertor para diminuir o volume de lixo no latão, mas depois vi o bebê e cheguei a pensar que poderia ser uma boneca. Chamei uma vizinha, e nós confirmamos que era um recém-nascido. Ele estava com a cabeça roxa e sem o cordão umbilical”, disse a mulher. “Na hora fiquei muita assustada, ainda mais que sofro de pressão alta. Não fazemos a menor ideia de quem fez isso e não sabemos se já estava morto quando foi colocado ali. Era um bebê aparentemente perfeito, todo formado, mas que pode ter nascido prematuro.”
A dona de casa Neida Martins Pinheiro Amorim, 57, foi quem ajudou a acionar a polícia. “Olhei o bebê na esperança de estar vivo, ficamos chateadas”, disse a mulher, contando que tem um filho adotivo de 18 anos, além de dois biológicos. Ela chegou a mostrar revolta diante do caso. “Uma coisa dessa não pode ficar impune. Mas há várias hipóteses, o recém-nascido já podia estar morto, e a mãe ficado desorientada, a gente nunca sabe”, ponderou.
Populares informaram à polícia que a região é frequentada por usuários de drogas e que uma jovem consumidora de entorpecentes conhecida por rondar o bairro estava grávida e prestes a dar à luz nas últimas vezes em que foi vista. No entanto, eles não souberam informar o endereço e dados mais completos da suspeita, que não foi localizada. Moradores disseram, ainda, não ter ouvido choro de criança nas últimas horas e afirmaram que, até segunda-feira, o bebê não estava na lata de lixo. O corpo foi encaminhado pela funerária para necropsia no Instituto Médico Legal (IML), e o caso será investigado pela Polícia Civil.