Secretaria de Educação quer unir turmas em escolas


Por Tribuna

07/07/2016 às 18h18- Atualizada 07/07/2016 às 18h45

Atualizada às 18h47

Escolas municipais estão preocupadas com a orientação dada pela Secretaria de Educação do município para o fechamento de turmas pequenas, com a junção entre turmas. Na manhã desta quinta-feira (7), a direção e cerca de 20 professores da Escola Municipal Áurea Bicalho, localizada no Bairro Linhares, na região Leste, e representantes do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro/JF) se reuniram com a secretária de Educação, Denise Vieira Franco, para expor as dificuldades da união das turmas na instituição.

PUBLICIDADE

Conforme uma das diretoras do Sinpro e professora do colégio, Delane Finoti, a orientação da pasta era que houvesse a junção das duas turmas de 9º ano e das duas turmas de 8º ano existentes no colégio. Cada uma das turmas tem, em média, 25 alunos. “No entanto, nas turmas de 9º ano, há duas crianças com necessidades especiais diferentes. Uma turma de 18 alunos foi montada especialmente para receber um desses alunos e ter uma inclusão na escola.” Com a reunião, a escola conseguiu reverter o quadro e manter as turmas separadas. “Os professores relataram as dificuldades que envolvem essas turmas e os transtornos que causaria a junção delas. A secretária avaliou e achou por bem não realizar as junções. Então, é importante que as escolas que estão recebendo essa orientação conversem com a Secretaria de Educação para que seja avaliado caso a caso.”

Outras escolas que receberam essa orientação foram a Menelick de Carvalho, do Bairro Retiro, região Sudeste, a Cosette de Alencar, do Santa Catarina, na região Central, a Padre Wilson, no Bairro Igrejinha, Zona Norte, Fernão Dias Paes, do Bandeirantes, na região Nordeste, e Marília de Dirceu, localizada no Bairro Filgueiras, também na região Nordeste.

Conforme a coordenadora do Sinpro, Aparecida de Oliveira, salas muito cheias colocam em risco o trabalho pedagógico. “Por exemplo, nas turmas dos anos iniciais, o processo de alfabetização é muito difícil de se trabalhar. Salas de alfabetização cheias, acima de 20 alunos, dificultam o resultado positivo do professor.”

Em Santa Catarina, uma lei limita o número de estudantes por sala de aula em 15 na educação infantil, 30 no ensino fundamental e 40 no ensino médio. Já em São Paulo, turmas que contam com aluno que possui necessidade educacional especial não podem ultrapassar o número de 20 alunos.

Por meio de nota, a Secretaria de Educação (SE) explicou que “das 102 escolas da rede municipal, estimamos que 13 escolas e 14 turmas passarão pela reorganização proposta. A rede municipal possui 1.550 turmas, ou seja, a reorganização proposta atingirá menos de 1% do total das turmas. É procedimento usual a revisão e a reorganização dos quadros das turmas das escolas municipais, isto faz parte da rotina da SE. Neste sentido, a SE tem conversado com a direção, a coordenação e o grupo de professores das escolas que apresentaram grande redução do número de matrículas em 2016, a fim de definir o melhor atendimento para o segundo semestre de 2016 e do ano de 2017.”

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.