Comissão de Saúde da Câmara vai vistoriar PAM-Marechal

Visita vai ocorrer depois de Ministério Público requerer que Município sane irregularidades


Por Marcos Araújo

07/06/2019 às 07h00- Atualizada 07/06/2019 às 07h33

A Comissão de Saúde Pública e Bem Estar Social da Câmara vai visitar, nesta sexta-feira (7), as instalações do prédio do PAM-Marechal, no Centro. O objetivo é averiguar as condições estruturais do edifício, que vem apresentando deficiências há anos. Nesta quarta (5), as promotorias de justiça de Defesa da Saúde de Juiz de Fora e a Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste divulgaram que requisitaram à justiça que a Prefeitura sane irregularidades ou transfira os serviços prestados no local para outras unidades.

Relatórios das Vigilâncias Sanitárias estadual e municipal enumeraram uma série de deficiências encontradas no prédio, como presença de infiltração e mofo em diversos pontos, falta de sanitários para pessoas com deficiência, armazenamento inadequado de material biológico e de medicamentos, material e medicamentos com prazo de validade expirado, fiação exposta, descarte de resíduos infectantes fora do padrão exigido, entre outros problemas.

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O presidente da comissão, vereador Antônio Aguiar, informou que a visita ao PAM-Marechal já havia sido agendada há duas semanas, quando, na Câmara, houve uma discussão a respeito das visitas realizadas pela comissão às unidades que prestam serviços de urgência e emergência. “Naquela reunião, foi apresentada a discussão sobre o relatório que realizamos no setor de urgência e emergência, e foi decidido que nos nossos próximos passos estaria a atenção primária”.

Fiação elétrica exposta, infiltração e mofos são problemas perceptíveis, por quem passa pelo local

O vereador ressaltou que a situação do PAM-Marechal já era conhecida por ele desde a administração do prefeito Tarcísio Delegado (2001-2004), que foi o último governo que implementou uma reforma no imóvel. “O problema do PAM-Marechal é existente em quase todos os equipamentos públicos, que é a falta de manutenção. Por exemplo, uma unidade recebe uma ambulância de doação, e o veículo começa a rodar. Se não for feita a manutenção, em pouco tempo de uso sua condição fica muito ruim. O PAM-Marechal, apesar da reforma feita no governo do Tarcísio, precisa de uma manutenção quase que contínua, o que é muito difícil de ser feito”, afirmou o vereador.

Antônio Aguiar ainda ponderou que o prédio é antigo e tem problemas estruturais, mas foi cedido ao Município pelo Governo federal. “Abrir mão de um equipamento deste, no Centro da cidade, também significa um desperdício, pois a Prefeitura vai partir para o aluguel de imóveis. O atual prédio, se fosse reformado, atenderia perfeitamente as necessidades”, disse, acrescentando que, em seu primeiro mandato, foi feita uma solicitação ao Corpo de Bombeiros e, naquela época, já havia evidências de problemas na edificação. “O objetivo da nossa solicitação foi justamente avaliar a questão de segurança do prédio, para que as intervenções fossem tomadas para preservar essa estrutura”.

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Tópicos: saúde

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