Ordem para matar jovem no Santos Dumont pode ter saído de unidade prisional

Vítima assassinada na praça sofreu 17 perfurações à bala


Por Sandra Zanella

07/06/2018 às 15h57

A Delegacia Especializada de Homicídios investiga o assassinato de um jovem de 23 anos, morto com vários tiros à luz do dia e em plena praça do Bairro Santos Dumont, na Cidade Alta, na tarde de quarta-feira (6). Segundo a Polícia Militar, Ayrton Macedo de Miranda sofreu ao menos 17 perfurações à bala, e 25 cartuchos deflagrados foram encontrados próximo ao corpo, na Rua Geraldo Mayrink. A suspeita é de que a ordem para matar o morador tenha partido de dentro de uma unidade prisional, já que o suposto mandante apontado em denúncias anônimas seria presidiário.

Quando os militares chegaram ao local do crime, a vítima já estava sem sinais, sendo amparada pela própria mãe, 65, e por um amigo, 25, em meio a uma aglomeração de pessoas. O homicídio teria sido praticado por dois homens armados com pistolas, que teriam chegado e saído a pé da praça. A PM iniciou rastreamento na região, mas ninguém foi preso.

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Os policiais também estiveram na casa de Ayrton, no mesmo bairro, onde foi localizado um recipiente de vidro contendo dois pedaços de substância esverdeada, aparentando ser maconha e, ainda, uma pequena porção semelhante a haxixe, além de material utilizado para embalar drogas.

Conforme denúncias de pessoas que não quiseram se identificar por temerem represálias, o homicídio teria sido motivado por disputas naquela região. Mesmo preso, o mandante estaria realizando ameaças à vítima por meio de mensagens de celular.

O amigo que chegou a amparar o jovem contou à PM que, momentos antes do crime, Ayrton havia passado em frente à sua residência utilizando um telefone e o cumprimentado. Logo depois, o morador escutou disparos. Ele correu até a quadra e encontrou a vítima baleada, ainda respirando. O Samu foi acionado, mas o rapaz não resistiu, e o óbito foi confirmado. Após os trabalhos periciais, o corpo foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML).

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