Jovem é morto a facadas após tentar recuperar celular de amigo

Crime aconteceu no Centro de Juiz de Fora. Vítima tinha 22 anos. O aparelho havia sido furtado no dia anterior. Suspeito ainda não foi localizado


Por Sandra Zanella

07/02/2018 às 10h06- Atualizada 07/02/2018 às 16h09

(Foto da leitora Vitoria Ciconeli)

Um jovem de 22 anos e uma mulher, 26, foram assassinados em Juiz de Fora em um intervalo de cerca de uma hora, entre o fim da noite de terça-feira (6) e os primeiros minutos desta quarta (7). A primeira ação violenta aconteceu na Rua Benjamin Constant, próximo à Roberto de Barros, no Centro, onde Tales Tiago de Almeida foi morto a facadas. Segundo a Polícia Militar, o crime aconteceu depois de a vítima ter ido a um bar com um amigo, 20, cobrar a devolução de um celular que teria sido furtado desse colega, na última segunda-feira. O jovem foi atingido por cinco golpes, sendo quatro deles nas costas e outro no tórax. O suspeito do assassinato, 22, não foi localizado. A faca usada na ação criminosa foi encontrada no estacionamento de um hipermercado nas imediações.

Policiais militares seguiram para o local por volta das 23h30, após receberem informações sobre uma briga generalizada, que havia deixado uma pessoa esfaqueada. A equipe encontrou Tales gravemente ferido. Ele chegou a ser atendido pelo Samu, mas teve o óbito constatado ainda no local. A PM iniciou rastreamento e, com auxílio das câmeras de monitoramento do Olho Vivo, abordou um rapaz no cruzamento entre as avenidas Rio Branco e Brasil, no Manoel Honório. O jovem se apresentou como sendo o amigo da vítima e foi arrolado como testemunha.

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O colega esclareceu que o suspeito, armado com faca, havia roubado seu celular e dinheiro no dia anterior, mas não informou se chegou a registrar boletim de ocorrência. Na terça, ele e Tales seguiram para um bar na Rua Barão de Cataguases, onde encontraram o suspeito junto com alguns comparsas jogando sinuca no segundo andar do estabelecimento. O depoente afirmou ter solicitado ao suposto ladrão que devolvesse seu telefone roubado. Neste momento, no entanto, o possível criminoso sacou uma faca e começou a ameaçá-lo de morte.

O amigo acrescentou que saiu correndo junto com Tales, mas os dois foram perseguidos pelo suspeito e mais quatro ou cinco indivíduos não identificados. Quando chegaram na Benjamin Constant, teriam tentado embarcar em um ônibus parado no ponto, mas o motorista arrancou com o coletivo antes que conseguissem entrar. A dupla acabou sendo alcançada pelo bando. A testemunha conseguiu escapar e relatou à PM ainda ter visto o suspeito esfaquear a vítima. O colega alegou ter deixado o local antes da chegada da PM temendo também ser ferido.

A perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos no local, e o corpo foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML). O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Homicídios. A PM orienta que atitudes como essa, de tentar reaver produtos roubados sem a presença da polícia, jamais devem ser tomadas. “Ao identificar um autor de crime, ligue para o 190 ou acione um policial militar mais próximo para proceder a abordagem com segurança”, alertou o assessor de comunicação organizacional da 4ª Região da PM, major Jovânio Campos.

Mulher é morta a tiros na Zona Leste

O outro assassinato aconteceu no Bairro São Tarcísio, próximo à parte alta do Santa Rita, na Zona Leste, pouco depois da meia-noite desta quarta-feira (7). De acordo com a Polícia Militar, informações passadas por meio do 190 deram conta de que havia uma pessoa caída ao solo após disparos de arma de fogo na Rua Vicente Vieira da Mota. Moradora da mesma via, Franciane Cristina Freitas Fernandes, 26 anos, teve o óbito confirmado pelo Samu. A perícia constatou cinco perfurações à bala na vítima, sendo duas no tórax e três nas costas. O corpo foi removido para o IML.
Conforme a PM, familiares de Franciane e outras pessoas questionadas não souberam informar a possível motivação do homicídio e também não apontaram suspeitos. Ninguém teria presenciado a ação, e não foram encontradas cápsulas deflagradas nas imediações ou qualquer outro vestígio do crime. A Polícia Civil vai apurar o assassinato.

 

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