Audiência discute transporte urbano
Foi realizada, na tarde desta quarta-feira (6), uma audiência pública na Câmara Municipal para discutir a licitação do transporte público em Juiz de Fora. O encontro foi solicitado pela bancada do PSC e contou com a participação dos secretários de Transporte e Trânsito, Rodrigo Tortoriello, e de Governo, José Sóter de Figueirôa Neto (PMDB). Os dois consórcios vencedores do processo, Manchester de Transporte Coletivo e o ViaJF, além da Astransp, foram convidados a participar das discussões, conforme a presidência da Câmara, mas não enviaram representantes e nem justificaram as ausências.
De acordo com o vereador José Emanuel (PSC), a audiência tinha objetivo de esclarecer alguns pontos do novo contrato para exploração do serviço, pois, segundo ele, o processo não teve a transparência devida. “Temos tanta curiosidade quanto os usuários. O que vemos é que o serviço será explorado pelos mesmos empresários que já atuam, mas que agora aparecem com outros nomes.” A preocupação quanto a um possível aumento na tarifa, por causa das melhorias a ser implantadas, também foi citada por parte dos legisladores presentes, além do público que pediu a palavra.
Em sua explanação, Tortoriello garantiu que não há reajustes na tarifa este ano e, caso haja em 2016, esta vai depender de variáveis. “Só saberemos na época. Três meses atrás, por exemplo, ninguém falava que o feijão subiria tanto o preço.” Ele também esclareceu algumas dúvidas sobre as melhorias que serão implantadas a partir do próximo mês, embora o contrato com os consórcios passe a valer em 3 de setembro. Entre elas, a idade média da frota, que passa a ser de cinco anos, com idade máxima de dez anos, e a totalidade dos ônibus com elevadores para cadeirantes, cujo prazo máximo é de até dois anos.
Sobre a possível falta de transparência em todo o processo, questionada pelo vereador, o secretário disse que foram promovidas várias audiências desde 2015, além de encontros com comunidades. O titular da Settra também afirmou que o edital foi baseado em um diagnóstico feito em 2014, quando os usuários de ônibus foram entrevistados pelos avaliadores nos coletivos e nos pontos. Também foi abordado o início da operação dos microônibus para as comunidade dos bairros Dom Bosco e Jardim Laranjeiras. Tais veículos serão disponibilizados para as ruas mais íngremes, de difícil acesso dos coletivos. Não haverá custo para o passageiro ao fazer baldeação, mas ele vai precisar usar o cartão de embarque para ter acesso ao serviço.