Mutirão do HU detecta 24 pacientes com câncer de pele

Durante os atendimentos, tumores malignos foram diagnosticados e serão encaminhados para tratamento


Por Tribuna

05/12/2017 às 09h59- Atualizada 05/12/2017 às 10h00

O mutirão realizado pelo Hospital Universitário da UFJF, no último sábado (2), conseguiu detectar 24 diagnósticos de tumores malignos na pele entre as 155 pessoas atendidas. Em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o dia de atendimento e esclarecimento teve como objetivo alertar a população sobre a importância da prevenção e os perigos da doença, que é especialmente lembrada durante o Dezembro Laranja. Os casos de câncer de pele detectados durante o mutirão serão agora atendidos de maneira eletiva pelo Serviço de Dermatologia do HU-UFJF/Ebserh.

O câncer da pele representa 25% de todos os casos de câncer diagnosticados anualmente no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), sendo o tipo mais incidente no país. Apesar da alta incidência, ainda existe muito desconhecimento quanto às características e sintomas da doença, e muitos subestimam a necessidade de prevenção e acompanhamento médico regular. Essa desinformação dificulta o diagnóstico precoce, importante para que a doença não se agrave.

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O câncer é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura, se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o tipo de câncer da pele mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberto no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.

Em todos os tipos, a exposição excessiva e sem proteção ao sol é a principal causa de câncer da pele. Ele pode se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida; como uma pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele e perolado (brilhoso); ou como uma ferida que não cicatriza.

A regra do ABCDE ajuda na suspeita de uma lesão maligna e sinaliza que um dermatologista deve ser procurado.

ABCDE da pinta

Assimetria: A metade da pinta não “casa” com a outra metade. Pintas perigosas ou melanomas tendem a ter uma assimetria de cores e forma.

Bordas: Lesões malignas apresentam bordas irregulares, dentadas ou com sulcos, com interrupção abrupta na pigmentação da margem.

Cor: A coloração não é a mesma em toda pinta. Lesões muito escuras ou que apresentem diferentes tons em uma mesma lesão devem ser avaliadas, pois podem indicar malignidade.

Diâmetro: Lesões que crescem rápido de diâmetros, principalmente aquelas maiores que 6 milímetros levam a uma suspeita maior de lesão maligna.

Evolução: Toda pinta que mudar (mudança de cor, formato, tamanho e relevo) em curto período de tempo (1 a 3 meses) deve ser examinada por um dermatologista.

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Calculadora de risco

Outra forma de avaliar o risco da doença é através da “Calculadora de Risco para Câncer da Pele”.

Para se prevenir, evite o sol entre 10h e 16h, aplique protetor solar diariamente (fator de proteção de no mínimo 30) e repita a aplicação a cada 2 horas, use camiseta, chapéu de abas largas, sombrinha e guarda-sol e não se esqueça dos óculos escuros, de preferência com lentes de boa qualidade.

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