Deputados visitam escolas em situação precária


Por Kelly Diniz

05/03/2015 às 12h51- Atualizada 05/03/2015 às 20h32

Atualizada às 20h30

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Deputados visitam escola Ana Salles ( Foto: Leonardo Costa)

“Já visitei muitas escolas do estado. Nunca vi uma tão merecedora de atenção como esta. Ela toca na integridade física dos alunos”, atesta o presidente da Comissão de Educação, Ciências e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Paulo Lamac (PT), assustado com a situação da Escola Estadual Ana Salles, localizada no Bairro Benfica, Zona Norte de Juiz de Fora. Lamac e os deputados estaduais Noraldino Júnior (PSC), Lafayette de Andrada (PSDB) e Isauro Calais (PMN) visitaram, na manhã desta quinta-feira (5), além da Ana Salles, a escola Delfim Moreira, Centro, para verificar as condições de funcionamento das instituições, alvos constantes de queixas de pais, alunos e docentes.
Com uma estrutura feita de latão e compensado de madeira, a escola Ana Salles busca há seis anos a construção de uma nova sede para abrigar os 157 alunos da instituição, sendo 90 destes em turno integral. “Queremos que a obra seja realizada o mais rápido possível, não importa que a gente aguarde o término na escola ou sejamos transferidos provisoriamente”, afirma a diretora do colégio, Luciane Knopp.

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Escola Ana Salles, com vidros quebrados e janelas enferrujadas (Foto: Leonardo Costa)

O deputado Noraldino explicou que a intenção é desenvolver um projeto de construção no espaço onde hoje se encontra a quadra. Em seguida, seria feita a área de lazer no local onde estão as salas de aula. “A escola funciona em contêiner enferrujado, e o calor é insuportável. Precisamos mudar essas condições e atrair mais alunos. Não há nem projeto de construção. Vamos tentar agilizar esse processo”, prometeu o parlamentar.

Paulo Lamac adiantou que um relatório será elaborado e enviado à Secretaria de Estado de Educação (SEE). “Vamos sugerir a SEE que priorize essa escola.”

 

Delfim Moreira

O Palacete Santa Mafalda, conhecido como Grupos Centrais, na Avenida Rio Branco, que abrigava a Escola Delfim Moreira, também foi visitado. Com assoalhado estufado, goteiras e buracos nas salas, o prédio aguarda por reforma há dois anos. Os alunos da instituição foram transferidos para um imóvel na Rua Santo Antônio, cuja estrutura não comporta a quantidade de estudantes matriculados. Muitos reclamam da falta de quadra e corredores apertados, não havendo espaço para recreação.

A Secretaria de Estado de Educação alega que a demora é devido o prédio ser tombado pelo Patrimônio Histórico do município. “Há um projeto pronto de restauração que foi encaminhado para a Funalfa. Mas como o prédio é do Estado, a Funalfa achou conveniente que o Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) também analisasse o projeto”, explica a diretora em exercício da Superintendência Regional de Ensino, Fernanda Moura.

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Para o deputado Isauro Calais, a situação das instituições contribui para a evasão escolar. “Nenhuma criança vai querer estudar em uma escola assim.” Ele também critica o pagamento de cerca de R$ 37 mil no aluguel do imóvel da Santo Antônio. “Nesses dois anos, foram cerca de R$ 800 mil desperdiçados. Nós, deputados da região, temos que nos unir e cobrar uma ação imediata para dar condições de trabalho a esses heróis, que são os professores.”

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