Professores voltam à sala de aula; ainda não há definição sobre reposição
Os professores municipais voltaram esta semana às salas de aula depois da suspensão da greve definida na última sexta-feira. A paralisação durou 15 dias, mas o estado de greve da categoria persiste. Apesar de haver agora a preocupação com a reposição dos dias parados, ainda não há decisão de como ela será feita. De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Juiz de Fora, cada escola que teve as atividades interrompidas fará seu calendário. Segundo a Secretaria de Educação, o percentual de adesão ficou abaixo dos 50% na média geral. Já o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora(Sinpro)afirma que cerca de 70% aderiram ao movimento.
A definição de como será feita a reposição por cada instituição de ensino só sairá após negociação com a categoria e aprovação da Secretaria de Educação. Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, os alunos terão resguardados os 200 dias letivos e as 800 horas/aula.
Segundo a coordenadora do Sinpro, Lúcia Lacerda, a categoria não finalizou a greve. “O nosso compromisso sempre foi para que a reposição seja feita, mas não podemos discutir isso agora, pois apenas suspendemos o instrumento de greve, mas a manutenção do estado de greve autoriza a assembleia a chamar a categoria para possíveis paralisações a qualquer momento. Além disso, ficou decidida a adesão da categoria à greve geral, prevista para 28 de abril. Até lá, vamos intensificar as nossas discussões com a população, pois ainda não encerramos o movimento”, explica a sindicalista.
Rede estadual
Já em relação às escolas estaduais, a categoria realiza uma assembleia regional hoje em Juiz de Fora e outra amanhã em todo estado, para fazer uma avaliação da proposta apresentada pelo Governo de Minas na última segunda-feira(3). De acordo com a coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação,(Sind-UTE) regional Zona da Mata, Victória Melo, a principal proposta feita pelo Governo foi o pagamento do retroativo em 12 parcelas, a começar em janeiro de 2018. Ela destaca ainda que cerca de 80% das escolas estão paradas, e a assembleia irá definir qual será o rumo do movimento.