Museu Mariano Procópio é fechado após macaco ser encontrado morto

Ponto turístico só será reaberto quando resultado de exame sobre causa da morte for divulgado. Expectativa é de que fechamento dure, no mínimo, 30 dias


Por Rafaela Carvalho

03/01/2018 às 18h33- Atualizada 03/01/2018 às 19h30

Atualizada às 19h31

O Museu Mariano Procópio ficará fechado a partir desta quinta-feira (4) e pode permanecer sem funcionamento por, pelo menos, um mês. A medida foi tomada após um macaco ter sido encontrado morto nas dependências do local e foi anunciada pelo prefeito Bruno Siqueira (PMDB) em sua página no Facebook nesta quarta (3). Segundo o chefe do Executivo, o parque do museu também permanecerá fechado pelo mesmo período, enquanto a Secretaria de Saúde aguarda resultado de exame para verificar se o animal estava contaminado com febre amarela.

O corpo do primata, um macho da espécie Bugio, foi encontrado na manhã desta quarta. Uma equipe técnica da Secretaria de Saúde analisou o estado do corpo do animal e vai enviá-lo para verificação da Superintendência Regional de Saúde (SRS). Em seguida, a investigação será direcionada para a Fundação Ezequiel Dias (Funed), de Belo Horizonte, instituição de referência para realização de exames em casos de raiva e febre amarela.

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A expectativa é de que o resultado do exame seja divulgado em, no mínimo, 30 dias, tempo que pode ser estendido. Neste caso, o museu pode ficar fechado por mais tempo. Em vídeo publicado juntamente com o anúncio, o prefeito afirma que a medida foi tomada como precaução e destaca que já foi realizado trabalho de bloqueio no museu e no seu entorno, com o objetivo de “garantir a saúde da população juiz-forana”. Além disso, já nesta quinta, a Secretaria de Saúde reforçará a vacinação nas proximidades do museu.

Região

O caso é mais uma suspeita de epizootia na região (quando um grande número de animais morre em decorrência de uma única doença). Há menos de um mês, a prefeitura de Santos Dumont, cidade localizada a 50 quilômetros de Juiz de Fora, confirmou que quatro macacos mortos foram encontrados no município. Na ocasião, os animais também foram enviados para exame de confirmação de suposta contaminação por febre amarela.

Durante o ano passado, 435 casos da doença em humanos foram registrados no estado, sendo que 136 óbitos teriam sido causados pela doença. As epizootias, no entanto, alertam para a circulação do vírus. Conforme o último boletim da Secretaria de Estado de Saúde, divulgado em 11 de dezembro, 16 municípios de Minas Gerais tiveram casos confirmados de febre amarela em macacos e outras 17 cidades seguem com casos em investigação.

Vacinação

A prefeitura divulgou também que, além do fechamento do parque e do museu, será realizada a aplicação de Ultra Baixo Volume (UBV) nas áreas próximas ao local, incluídas em um raio de 150 metros de distância. Inicialmente, o procedimento ocorre de forma costal e, posteriormente, conforme disponibilidade do Estado, de maneira veicular. Outra ação será a disponibilização de um posto volante no Centro Cultural Dnar Rocha para imunização dos moradores da região.

A vacinação também ocorrerá porta a porta nas casas e será disponibilizada para todos os funcionários do museu que ainda não foram vacinados. Conforme a Secretaria de Saúde, quase 90% do público-alvo na cidade foram vacinados na última campanha de vacinação contra a febre amarela, somando 453.685 doses aplicadas. No total, 18 mil vacinas já estão disponíveis no município.

No ano passado, o Ministério da Saúde reduziu o número de doses de vacina necessárias para imunizar o público contra a doença. Atualmente, quem já recebeu uma dose pode se considerar imunizado durante toda a vida. Já aqueles que ainda não se vacinaram devem comparecer às unidades básicas de saúde, ao PAM-Marechal, ao Departamento de Saúde do Idoso e da Criança e do Adolescente. A imunização é recomendada para crianças maiores de 9 meses de idade e adultos com até 60 anos. Idosos e gestantes precisam de autorização médica para se vacinar.

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