Servidores se unem contra ponto eletrônico na UFJF


Por Eduardo Maia

02/12/2015 às 18h40- Atualizada 03/12/2015 às 09h49

Os servidores técnico-administrativos da UFJF criaram um comitê de mobilização para contestar a recomendação do Ministério Público Federal (MPF) sobre a implantação de pontos eletrônicos na instituição. Reunidos em assembleia, nesta quarta-feira (2), os trabalhadores decidiram criar uma comissão que será composta por dois advogados para elaborar um parecer técnico e jurídico que será entregue à Reitoria, oferecendo resistência à proposição do MPF. Segundo eles, uma agenda de atos públicos também será definida em reunião nesta quinta, às 9h, a fim de pressionar a decisão da administração superior.

De acordo com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino de Juiz de Fora (Sintufejuf), Lucas Simeão, a categoria irá defender a legitimidade da jornada de 30 horas semanais dos técnico-administrativos da instituição. “O MPF não determina, ele orienta. Existe a legitimidade das seis horas diárias no serviço público, ao contrário do que foi apresentado no documento para o reitor. Não iremos deixar de fazer resistência. A Reitoria não pode assumir isso e deve responder à recomendação do MPF. Vamos pedir uma audiência com o professor Marcos (Chein, vice-reitor no exercício da Reitoria) que já nos adiantou que chamaria a categoria para discutir qualquer medida que fosse implantada”, afirma.

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A recomendação do Ministério Público foi recebida no dia 1º de dezembro pela UFJF, que tem 30 dias para apresentar um cronograma detalhado das etapas e providências administrativas necessárias para a entrada em operação de todo o sistema. No parecer, embasado pelo Decreto 1.867/1996, o órgão ainda propõe a instalação de um sistema de catracas associado ao monitoramento por meio de câmeras, com captura, gravação e armazenamento de imagens pelo prazo de, no mínimo, um ano.

A UFJF afirma estar avaliando todas as ponderações feitas pelo órgão. A instituição reforça o posicionamento de que irá manter seu diálogo com o sindicato que representa os servidores e reunir informações de natureza jurídica e administrativa sobre o assunto, a fim de subsidiar uma resposta a esta recomendação no prazo requerido.

 

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