Ecopontos devem ser expandidos para as regiões Sul, Norte e Central
O Município quer criar mais Ecopontos na cidade. Atualmente, há dois em funcionamento em Linhares, na Zona Leste, que completou um ano na última quinta, e em São Pedro, na Cidade Alta. Embora as pessoas busquem o serviço, a dispensação de materiais em áreas ilegais ainda é comum e fonte de preocupação do Poder Público. “Ainda temos muitos problemas por conta do descarte irregular. O nosso objetivo é ampliar o número de Ecopontos, eles devem ser instalados nas Zonas Sul, Norte e Central. Planejamos para que essas unidades possam estar próximas de locais costumeiramente usados de forma ilegal, em terrenos da Prefeitura”, adianta o diretor-geral do Demlurb Jefferson Rodrigues.
De acordo com o Demlurb, um total de 686 metros cúbicos de móveis, madeiras, eletrodomésticos e recicláveis foram encaminhados aos dois Ecopontos da cidade em janeiro deste ano. Desse volume, equivalente a 63 caçambas de entulho, 421 metros cúbicos foram levados à unidade de São Pedro, e 265 metros cúbicos foram rejeitados no Linhares.
Os Ecopontos, ainda de acordo com Rodrigues, contribuem para um controle maior sobre a dispensação dos rejeitos. Ele lembra que o descarte feito da maneira incorreta gera mais custos para o município. Além das novas unidades, o diretor-geral considera que outras medidas previstas dentro do plano de ação da Administração podem contribuir para a mudança do quadro atual, como a ampliação da coleta seletiva. “Com todas as ações implantadas, esperamos alcançar uma melhora sensível na coleta de resíduos.”
Alternativa solidária e sustentável
Em geral, todos os materiais descartados são encaminhados ao aterro municipal, mas os itens em bom estado de conservação e com possibilidade de uso são reaproveitados. Uma parceria entre o Demlurb e o Programa Bem Comum, da Prefeitura, garante a doação para instituições sociais. Um conjunto de 300 unidades de pisos e azulejos novos, por exemplo, foram entregues, esta semana, ao Condomínio de Idosos Lar Luiza de Marillac. Os benefícios para a comunidade, no entanto, vão além dos aspectos sociais, diz Jefferson Rodrigues. “Evitamos com essa ação a disposição de mais material no aterro sanitário, o que aumenta a vida útil do equipamento, por exemplo.”
Para a diretora-geral do Lar Luiza de Marillac, Sônia Perdigão Neves, além de ajudar no início da obra, a doação serve para que se chame a atenção para outras necessidades da instituição, como mão de obra qualificada. “Entendemos essa parceria como uma abertura de caminhos. Sabemos que essa quantidade não é suficiente para terminar a intervenção, mas é um começo. Por meio dela, no futuro, podemos receber materiais que nos ajudem em outros pontos. Profissionais como eletricistas, pintores e pedreiros podem se dispor a oferecer serviços.” A instituição assiste a 25 idosos, e os insumos devem ser empregados na reforma de espaços como cozinha e banheiro.