Bruno é empossado para segundo mandato


Por Renato Salles

01/01/2017 às 20h52- Atualizada 02/01/2017 às 15h03

Fernando Priamo

Após a definição da presidência da Câmara, com a reeleição do vereador Rodrigo Mattos (PSDB) para chefiar o Poder Legislativo pelo biênio 2017/2018, o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) foi empossado para mais quatro anos à frente da Prefeitura de Juiz de Fora. Reeleito em outubro, quando voltou  a vencer a deputada federal Margarida Salomão (PT) no segundo turno do pleito, o peemedebista obteve 151.194 votos – 57,87% dos votos válidos – contra 110.059 da petista.

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Bruno e o vice-prefeito Antônio Almas (PSDB) entregaram os seus diplomas de eleitos e fizeram a leitura do compromisso de posse. “Prometo cumprir a Constituição da República, a Constituição do Estado de Minas Gerais, a Lei  Orgânica do Município de Juiz de Fora e o Regimento Interno da Câmara Municipal, respeitar as leis, desempenhar com retidão o mandato que me foi confiado e trabalhar pelo progresso do Município e pelo bem-estar do povo. ”

Empossado, Bruno reforçou o compromisso com a continuidade do modelo de gestão adotado entre 2013 e 2016, com foco nos esforços em manter o equilíbrio financeiro do Município. “Tudo isso só foi possível, em primeiro lugar, pela confiança da nossa população. Em seguida, pelo nosso empenho de correr atrás dos recursos onde quer que eles estivessem. E, por fim, por uma absoluta, rígida e compromissada política de controle de gastos e equilíbrio fiscal. Simplificando: não podíamos gastar mais do que arrecadávamos. Essa sempre foi a nossa regra número 1.”

Secretariado

Após o protocolo de posse dos vereadores e do prefeito, Bruno seguiu para o prédio da Funalfa. No local, o peemedebista deu posse ao novo secretariado municipal, que começa a trabalhar nesta segunda (2), quando já está agendada a primeira reunião do primeiro escalão do novo governo. Uma vez mais, prevaleceu o discurso da continuidade. Dos 18 cargos da administração direta e seis chefias da administração indireta, 18 nomes que já comandavam pastas na reta final do primeiro mandato de Bruno seguem nos cargos.

Confira a íntegra do discurso de posse do prefeito Bruno Siqueira:

“Senhoras e senhores, boa noite!

A história da democracia brasileira escreve mais um capítulo nesta data, com a posse de milhares de prefeitos e vereadores em todo país, representantes municipais eleitos através do voto secreto, direto e universal.

Homens e mulheres, no Executivo e no Legislativo, assumem as grandes responsabilidades de administrar e gerir os destinos de populações esperançosas, carentes e ansiosas por terem suas necessidades básicas atendidas.

E nós, aqui em Juiz de Fora, como personagens desse processo histórico, também estamos assumindo oficialmente nossas responsabilidades. Que são muitas, inadiáveis e urgentes.

Nestes últimos quatro anos, no período do meu primeiro mandato, trabalhamos, eu e minha equipe, com a participação efetiva, concreta e perseverante de todos os servidores públicos municipais, buscando gerar e proporcionar ao povo desta cidade alternativas de uma vida melhor, mais saudável, mais humana, mais alegre, mais esperançosa.

Conseguimos avançar em algumas conquistas relevantes e estruturantes, em praticamente todos os setores. Medidas e ações que muitos desconfiavam impossíveis em tão pouco tempo.

Fizemos a histórica licitação do transporte coletivo, a efetiva execução das obras de despoluição do Rio Paraibuna, o maior conjunto de ações de contenção, de abastecimento de água e de intervenções de mobilidade urbana das últimas décadas do nosso município.

Da mesma forma, fizemos questão de dar prosseguimento a outros projetos que estavam em desenvolvimento ou parados.

E assim retomamos as obras do Museu Mariano Procópio, do Teatro Paschoal Carlos Magno, o Bom de Bola, o Complexo Travessia na Vila Olavo Costa e a Praça CEU na Zona Norte, entre outras tantas iniciativas que não caberia aqui cansá-los de citar.

Tudo isso só foi possível, em primeiro lugar, pela confiança da nossa população. Em seguida, pelo nosso empenho de correr atrás dos recursos onde quer que eles estivessem. E, por fim, por uma absoluta, rígida e compromissada política de controle de gastos e equilíbrio fiscal.

Simplificando: não podíamos gastar mais do que arrecadávamos. Essa sempre foi a nossa regra número 1.

Tal prerrogativa acabou se tornando fundamental quando os municípios brasileiros – e por tabela os cidadãos – foram atropelados pela maior crise econômica da história do país, que ganhou contornos mais dramáticos pela turbulência política e pelo conseqüente descrédito da população.

Mas aqui em Juiz de Fora deveríamos – e fizemos – diferente!

Quase como uma ilha em meio ao desespero geral de cidades e estados vizinhos, conseguimos honrar nossos compromissos, por exemplo garantindo o pagamento rigorosamente em dia de nossos servidores.

Senhoras e senhores, reeleição significa aprovação por tudo aquilo que foi realizado. É a demonstração da confiança em um trabalho que merece ter continuidade, e que terá, embasado agora em mais experiência, mais conhecimento e, principalmente, mais força política e administrativa.

Reafirmo aqui, nesse momento solene de posse, nossos compromissos, firmados durante a campanha e no plano de governo, e, mais ainda, nas próprias atitudes que marcaram nosso primeiro mandato: trabalho, responsabilidade e transparência, aliados à honestidade, que não é exatamente um compromisso, é dever e obrigação.

Uma vez assegurando a execução de ações estruturantes, como fizemos nesse primeiro mandato, também seguiremos buscando agora a relevância que Juiz de Fora sempre teve e que precisa continuar sendo retomada em projetos de inovação e pioneirismo. Nossa vocação é de vitrine. Para isso, temos como meta sermos uma cidade inteligente e sustentável.

A tudo isso, acrescento outra característica de nosso comportamento como político, administrador e cidadão, que é o sentimento de amor e respeito por Juiz de Fora e seu povo.

Uma cidade que abriga em torno de 600 mil habitantes; centro histórico, cultural, social, político e econômico de importância secular; exemplo de capacidade de desenvolvimento e de superação.

Diante de tudo isso, declaro, aqui, nossa atitude de altivez e orgulho, de incansável trabalho e de determinada dedicação, tudo em nome do povo desta cidade. Em nome de sua grande história e de suas conquistas.

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Continuarei não medindo esforços para impedir que a importância dessa cidade seja desconsiderada por quem quer que seja, em qualquer esfera de poder ou atuação.

Vou cobrar todas as responsabilidades daqueles que, por dever, em seus gabinetes em Brasília e Belo Horizonte, no Executivo ou no Legislativo, precisam ajudar na execução de projetos de atendimento às necessidades básicas da população – da cidade e da região.

Dos principais desafios a serem enfrentados neste segundo mandato, os dois que mais afligem a nossa população – saúde e segurança – dependem fundamentalmente da união e da responsabilidade de todos os segmentos, municipal, estadual e federal.

Não podemos e não vamos permitir que o maior patrimônio desta cidade – nossa qualidade de vida – seja afetado pela ausência dessa articulação.

Precisamos de itens básicos para garantir o pleno atendimento à saúde. Precisamos do Hospital Regional. Precisamos de segurança efetiva. Precisamos reconquistar nossa tranquilidade. Precisamos de paz.

Mais do que nunca, é necessário deixar as diferenças ideológicas, partidárias e políticas de lado. Os interesses da população devem estar acima de nossos próprios interesses.

É preciso mudar a história da região. Está na hora de voltarmos nossos olhos para a necessidade desta união. É uma necessidade urgente.

O que está sendo dito aqui e agora, quero deixar bem claro, não tem a intenção de desvincular nossas responsabilidades como chefe do Executivo municipal. Pelo contrário.

Nossas responsabilidades se ampliam à medida que as parcerias nos revelam também a certeza de que não estamos sozinhos. A união reforça o próprio sentido da nossa luta pela conquista dos objetivos que são caracterizados pela necessidade da população.

Seremos sempre frágeis se estivermos desunidos.

E a complexidade do momento, os rigores e as ameaças que nos cercam hoje exigem muito mais do que simples demonstração de boa vontade: o momento exige ação, determinação e coragem.

Juiz de Fora não pode ser simplesmente coadjuvante neste processo político e administrativo.

Juiz de Fora não pode ser tratada com indiferença e descaso. A grandeza desta cidade e região merece e exige uma atitude também digna e marcante nos gabinetes oficiais das capitais. Uma presença que seja o correspondente à sua importância histórica, política e econômica.

Portanto, ao iniciar este meu segundo mandato, reeleito por vontade da grande maioria da população juiz-forana, torno aqui efetivo e concreto meu compromisso de fazer muito para a felicidade de quem mora ou depende de nossa cidade.

E transformo essas palavras numa conclamação aos vereadores – reeleitos e novatos – que também estão tomando posse: temos um grande compromisso pela frente.

Temos uma grande responsabilidade a ser cumprida. Temos a oportunidade histórica de mostrarmos que somos servidores deste povo, e a ele devemos resposta pelos nossos atos.

Temos que ter a dignidade e o altruísmo de estarmos muito além de nossa vontade.

Temos de ser coadjuvantes em uma História onde o grande protagonista é o povo.

Juiz de Fora merece.”

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