Shimon Peres morre aos 93


Por Tribuna

29/09/2016 às 07h00- Atualizada 29/09/2016 às 08h38

Peres ganhou um Prêmio Nobel em 1994 por negociar um acordo de paz entre israelenses e palestinos

Peres ganhou um Prêmio Nobel em 1994 por negociar um acordo de paz entre israelenses e palestinos

PUBLICIDADE

São Paulo (AE) – Shimon Peres, o ex-presidente israelense que ganhou um Prêmio Nobel por seus esforços para selar a paz com os palestinos, morreu aos 93 anos, na madrugada de ontem. A condição de Peres piorou na sequência de um acidente vascular cerebral há duas semanas. Ao longo de uma carreira de 70 anos, Peres serviu como primeiro-ministro, presidente e líder do Partido Trabalhista. Ele foi o último sobrevivente de um grupo de líderes que testemunharam a criação do Estado de Israel, em 1948, incluindo David Ben-Gurion, Moshe Dayan, Golda Meir e Ariel Sharon, entre outros.

No auge de sua carreira, ele ganhou um Prêmio Nobel em 1994 por negociar um acordo de paz entre israelenses e palestinos. Autoridades pelo mundo lamentaram a morte. Um porta-voz da chancelaria israelense disse que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o ex-presidente americano Bill Clinton e a mulher dele, a candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, devem comparecer ao funeral de Peres, amanhã. O príncipe Charles, do Reino Unido, e o premiê do Canadá, Justin Trudeau, também são esperados. No Vaticano, um porta-voz disse que o Papa não poderá comparecer porque na sexta-feira inicia uma viagem de três dias para Geórgia e Azerbaijão.

O grupo militante palestino Hamas, porém, comemorou a morte de Peres. Um porta-voz do grupo, Sami Abu Zuhri, disse que “o povo palestino está muito feliz com a morte desse criminoso que causou derramamento de nosso sangue”. Segundo o porta-voz, Peres foi “a última autoridade israelense restante entre as que fundaram a ocupação e sua morte é o fim da fase na história desta ocupação e o início de uma nova fase de fraqueza”.

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.