Esposa de Pimentel é indiciada pela Polícia Federal


Por Guilherme Arêas

24/04/2017 às 13h30- Atualizada 25/04/2017 às 08h38

A Polícia Federal (PF) indiciou a mulher do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), os secretários da Casa Civil e do Planejamento do estado e dois executivos no âmbito das investigações da Operação Acrônimo. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo. Segundo apurou a publicação, Carolina Pimentel foi indiciada como partícipe em corrupção, lavagem de dinheiro e crime eleitoral. Antonio Maciel, ex-presidente da Caoa, e o presidente do grupo Aliança, Elon Gomes, foram indiciados por falsidade ideológica e crime eleitoral, no artigo 350. Não há acusação contra as duas empresas. Conforme o Estadão, também foi indiciado o publicitário Vitor Nicolato, homem de confiança do empresário Benedito de Oliveira, o Bené, próximo a Fernando Pimentel.

A Operação Acrônimo foi instaurada para investigar esquemas ilegais que teriam beneficiado a campanha eleitoral de Fernando Pimentel (PT) em 2014, quando ele se elegeu governador de Minas Gerais. Segundo a PF, Pimentel é suspeito de cobrar vantagens ilegais de empresas durante o período em que comandou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, entre 2011 e 2014. Em troca, essas empresas seriam incluídas em políticas públicas ou conseguiriam obter empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que era vinculado à pasta.

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Respostas

Ao blog dos jornalistas Andreza Matais e Marcelo de Moraes, no Estadão, o criminalista Pierpaolo Bottini, que defende Carolina Pimentel, disse que “ainda não teve acesso aos autos” e, por isso, “está impossibilitada de comentar o fato”. O chefe da Casa Civil do governo de Minas Gerais, Marco Antonio Teixeira, informou que não tem informação sobre o indiciamento e que, por essa razão, não pode comentar. O secretário de Planejamento de Minas Gerais, Helvécio Magalhães, foi procurado pelo Estadão, por meio da assessoria, mas não ligou de volta.

Ainda à reportagem do jornal, o criminalista Eduardo Toledo, que defende o presidente da Aliança, Elson Gomes, afirma que o processo está sob sigilo. O Grupo Aliança divulgou a seguinte nota ao Estadão: “A Aliança informa que não tem como comentar por não ser parte do caso.” O executivo Antonio Maciel não foi localizado pela coluna dos jornalistas Andreza Matais e Marcelo de Moraes.

 

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