MPF pede arquivamento de segundo inquérito sobre atentado a Bolsonaro

Segundo o órgão, Adelio “concebeu, planejou e executou sozinho o atentado”; ele já estava em Juiz de Fora quando o ato de campanha foi programado


Por Agência Estado

04/06/2020 às 15h58

O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou a favor do arquivamento provisório de um segundo inquérito sobre o atentado a faca que o presidente Jair Bolsonaro sofreu em 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora. Nesta segunda investigação, é apurado se, além de Adelio Bispo dos Santos, outras pessoas participaram do crime.

Na manifestação enviada à Justiça Federal em Juiz de Fora, a Promotoria concluiu que Adelio “concebeu, planejou e executou sozinho o atentado”.

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Segundo o inquérito, Adelio já estava em Juiz de Fora quando o ato de campanha foi programado, não mantinha relações pessoais com nenhuma pessoa na cidade, tampouco estabeleceu contatos que pudessem ter exercido influência sobre o atentado. A investigação também apontou que o acusado “não efetuou ou recebeu ligações telefônicas ou troca de mensagens por meio eletrônico com possível interessado no atentado ou relacionadas ao crime”, diz comunicado do MPF.

Os investigadores também vasculharam as contas bancárias de Adelio e familiares. “Não houve nenhuma movimentação financeira incompatível com suas atividades trabalhistas ou com os respectivos padrões de vida. Além disso, não foram recebidos valores atípicos ou de origens desconhecidas”, diz o texto.

Para ser confirmado, o pedido de arquivamento ainda depende de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para serem concluídas diligências, como a identificação da origem dos honorários alegadamente pagos para a defesa de Adelio.

“Nesta investigação, também não há suspeita de participação dos advogados na infração penal. E a identificação da origem dos honorários alegadamente contratados faz-se igualmente necessária à completa elucidação do fato. Trata-se da linha de investigação ainda pendente, em coerência com a orientação de exaurimento de todas as hipóteses cogitadas”, diz a manifestação.

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Tópicos: bolsonaro

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