Ministério da Saúde esclarece dúvidas sobre dose única da vacina

PUBLIEDITORIAL

Ampliação gradativa da vacinação para todo o país segue até 2019. Quem já tomou a dose da vacina alguma vez na vida, não precisa se vacinar novamente.


Por Tribuna

05/04/2018 às 08h03- Atualizada 07/04/2018 às 17h05

Vacina confere proteção entre 90% a 98% das pessoas imunizadas. (Foto: Fernando Priamo)

De um lado, a alta incidência com o registro de 446 casos de febre amarela apenas neste ano em Minas Gerais. De outro, a redução no número de notificações nas últimas semanas, conforme boletim epidemiológico recente divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Porém, outros 547 possíveis casos da doença em pacientes internados e 20 óbitos suspeitos por febre amarela seguem sob investigação. A cidade da Zona da Mata com maior número de mortes decorrentes da doença é Juiz de Fora. Por isso, não há motivo para a desmobilização. Como a vacina é a única forma de prevenção da doença, o Ministério da Saúde esclarece sobre as dúvidas mais comuns sobre a dose única.

 

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A dose única da febre amarela é suficiente para toda a vida?

Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema de dose única da vacina, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde (67ª Assembleia Mundial de Saúde – 2014), respaldada em estudos que asseguram que uma dose é suficiente para a proteção por toda a vida.

 

A dose ministrada atualmente é fracionada ou integral?

Apenas alguns municípios dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia fizeram campanha com a dose fracionada. No restante do país, é utilizada a dose padrão da vacina contra a febre amarela. A adoção do fracionamento das vacinas é uma medida preventiva e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), quando há aumento de epizootias e casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional.

 

Pessoas que não sabem se já foram vacinadas devem tomar a vacina assim mesmo? Há algum risco para a saúde em tomar duas doses ao longo da vida?

A vacina contra a febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença, e confere proteção entre 90% a 98% das pessoas que foram vacinadas. Quem já tomou a dose da vacina alguma vez na vida, não precisa se vacinar novamente.Por isso, a orientação é que a população siga rigorosamente as orientações do Calendário Nacional de Vacinação, mantenha o cartão de vacinação atualizado e guardado junto aos demais documentos pessoais, já que é o documento que comprova a situação vacinal do indivíduo.

 

E quem perdeu o cartão de vacinação?

O Ministério da Saúde orienta ao paciente que perdeu o cartão de vacina que procure o posto de saúde onde habitualmente recebe as doses para resgatar o seu histórico de vacinação e fazer a segunda via do documento (carteira de vacinação). Caso isto não seja possível, a orientação é colocar a vacinação em dia, de acordo com a faixa etária e indicações, respeitando-se sempre o esquema recomendado pelo PNI.

 

Há contraindicações para a vacina? Se sim, quais os grupos populacionais e quais os cuidados?

A vacina é contraindicada para crianças menores de 6 meses de idade; mulheres que estão amamentando bebês menores de 6 meses de idade;pessoas com alergia grave ao ovo; pessoas em tratamento com quimioterapia/radioterapia; portadores de doenças autoimunes; e pessoas submetidas a tratamento com imunossupressores (que diminuem a defesa do corpo). Gestantes e pessoas acima de 60 anos devem ser avaliadas caso a caso antes de serem vacinadas. É muito importante o cumprimento dessas orientações, pois a vacinação de forma inadvertida poderá, mesmo que raramente, causar eventos adversos graves pós-vacinação.

 

Especialistas afirmam que a febre amarela veio para ficar. Como o Ministério da Saúde pretende atuar, no dia a dia da população, diante dessa realidade? Qual a estratégia para vencer a doença ou minimizar seus riscos?

O Ministério da Saúde tem realizado uma série de ações para combater a febre amarela. A última delas foi anunciada em março, que foi a ampliação gradativa da vacinação para todo o país, até 2019.

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