Filtros de celular vêm alterando procedimentos estéticos

PUBLIEDITORIAL

Esteticistas têm percebido o aumento da procura por alterações baseadas em fotos com intervenções, principalmente durante a pandemia


Por Unicsum

02/08/2021 às 07h00

Sentir-se na obrigação de se adequar a um padrão de beleza é uma atitude que data de anos. Para isso, muitas pessoas se submetem a procedimentos estéticos com a intenção de alterar a aparência e chegar o mais próximo do desejado. De uns tempos para cá, essa atitude ganhou um novo fator: agora, as redes sociais, além da própria câmera dos celulares, disponibilizaram filtros para o rosto, fazendo com que ele ganhe aspectos que podem até não ser reais. Viralizados entre os internautas, os filtros de celular vêm, também, modificando o comportamento das pessoas ao buscarem procedimentos estéticos. Na pandemia, por exemplo, isso foi intensificado.

De acordo com Juliana Bramante, egressa do curso de Estética e Cosmética do Unicsum e proprietária do Espaço Bramante Estética Avançada, “essa influência do digital vem crescendo ainda mais devido a alguns fatores associados à pandemia. Isoladas, as pessoas têm muito mais contato com a própria imagem, seja no tempo ocioso gasto com fotos e filtros, seja se enxergando em reuniões, cursos e eventos on-line, que se tornaram mais comuns. É inegável que estamos em contato com nossa imagem por mais tempo”. Por esse fator, ela tem percebido que muitos de seus clientes já chegam à clínica com previsões de intervenções baseadas nas imagens tiradas com os filtros.

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“Isoladas, as pessoas têm muito mais contato com a própria imagem, seja no tempo ocioso gasto com fotos e filtros, seja se enxergando em reuniões, cursos e eventos on-line. É inegável que estamos em contato com nossa imagem por mais tempo”

Juliana Bramante
Esteticista e proprietária do Espaço Bramante Estética Avançada

Filtros de celular podem desencadear problemas com a autoestima

Ao mesmo tempo que esses filtros facilitam na hora de escolher a intervenção estética e, com isso, realizá-la com mais segurança, esse comportamento tem também mexido com a autoestima de muitas pessoas. “Os filtros são limitados apenas pela imaginação dos desenvolvedores e são fortes o suficiente para modificar o ideal de beleza vigente. As redes sociais são ferramentas de transformação poderosas, e alguém com problemas de autoestima pode se sentir muito vulnerável e perder de vista o limite entre o possível no mundo real e a beleza pós-produzida do virtual”, observa Juliana.

Alguns distúrbios, inclusive, foram sendo desenvolvidos com base nas tendências da internet, como a “dismorfia Snapchat”, em que as pessoas adotam parâmetros estéticos irreais e não conseguem aceitar que estes padrões não são alcançáveis. Por causa disso, alguns países, como a Noruega, proibiram os influenciadores de postar fotos com filtro na edição de corpos. Mas, para Juliana, o caminho é outro: “Embora tenha bons resultados no curto prazo, prefiro que a aposta seja feita na conscientização individual sobre as diversas belezas que existem, com base na autoaceitação como forma de se libertar. Creio que os efeitos seriam mais permanentes.”

Esteticistas são também educadores

Os esteticistas têm papel fundamental na educação social da população. “O nosso papel ganha muito peso nesse momento. Somos as pessoas que têm que aconselhar sobre estética diante da esmagadora exigência imagética moderna. Ter carinho e paciência para explicar quando algo não pode ser alcançado, sugerir alternativas a procedimentos muito radicais e tratar bem cada pessoa, pois cada uma está sob essa pressão”, diz. Esses profissionais, além disso, são instruídos a realizar apenas os procedimentos que realmente trarão benefícios aos clientes, sempre guiados pelo bem-estar, autoestima e ética.

Unicsum: compromisso com a ética profissional

Responsáveis pela formação dos profissionais de estética, as universidades têm a função de orientar os alunos a seguirem esse caminho, com visão sobretudo humanista da profissão. Juliana destaca que o Unicsum, graças aos professores experientes e às aulas práticas e teóricas, foi responsável pela formação da esteticista coerente que ela se tornou. “Aprendi que a Estética deve ser a ponte entre a saúde interna e externa. Deve ajudar cada indivíduo a identificar o que o está impedindo de ter uma saúde – e, por consequência, beleza – plena e ajudar a superar estes obstáculos. Uma missão dessa já tinha um peso enorme antes das pressões virtuais. Hoje, ganha mais relevância ainda. Carregarei esta lição por toda a vida”, finaliza a egressa.

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