À prova de sol
Atualizado às 15h55 do dia 11 de janeiro
Com o calor que tem feito nos últimos dias, a gente logo tem vontade de aproveitar “o lado de fora”: sair para dar uma volta, ir a um restaurante ao ar livre ou, simplesmente, curtir a casa em um dos seus espaços mais gostosos: a varanda. Para a arquiteta e designer de interiores Giovanna Brigatti, as varandas devem ser pensadas como extensão natural da moradia, trazendo aconchego, conforto e lazer. “É muito importante pensar no uso que você dará à varanda, o que quer que funcione nela, quais são os anseios… E a partir disto, estudar o espaço e montá-lo para que ele funcione de acordo com o planejado. Caso não seja feita de maneira funcional, ela vai acabar sendo esquecida”, orienta a profissional.
Segundo a arquiteta, incluir a varanda nos espaços de vivência da casa promove um aproveitamento de todo o espaço da casa ou apartamento, ampliando a qualidade do convívio familiar. Mas para que isto aconteça, Giovanna destaca que o ambiente precisa se adequar à rotina dos moradores e às suas próprias características. “Muitas vezes, as pessoas querem colocar tudo que não tem mais uso dentro de casa na varanda, tirando assim sua real função. Além disso, a quantidade e as espécies de plantas devem ser estudadas para não tornar o ambiente sufocante”, aponta.
Para evitar que isto aconteça, a arquiteta dá algumas dicas. “Devem ser descartados móveis e objetos de decoração que possam se deteriorar ou acumular água, tendo em vista a possibilidade de um novo surto de dengue. Também deve-se evitar colocar coisas demais na varanda. Pisos polidos, que são escorregadios, e madeiras que não tenham recebido o tratamento para água também não são bem-vindos”, orienta Giovanna.
Verde para sempre
Atualmente é possível encontrar mobiliário apropriado para áreas externas a preços acessíveis. Outra dica é investir em elementos-chave: uma boa poltrona, plantas e uma boa iluminação. “O uso de madeira de demolição, metais e vidro privilegia a iluminação e a ventilação natural da varanda. Além disto, os jardins tropicais e verticais podem ser feitos em casa, um ótimo jeito de a família toda participar da construção do ambiente.”
Quem tem dúvidas nas plantas fique de olho. Giovanna recomenda espécies que sejam resistentes ao sol e precisem ser regadas no máximo três vezes por semana. “Ao montar o jardim, aconselho sempre a misturar composições, como samambaia, filodendros e até mesmo ervas, como alecrim. Nos ambientes que não recebem muita luz e não têm tanta ventilação, o ideal é o uso de espécies arbóreas, como pata de elefante, iúca e pacovatá, todos em vasos bem charmosos.”
Para harmonizar com os elementos naturais, a arquiteta sugere cores claras, integrando o porcelanato e os metais ao jardim. Uma boa pedida é investir em materiais de alta durabilidade e fácil manutenção. “A fibra e o couro sintéticos, que se assemelham muito aos naturais, têm uma resistência ao sol e chuva bem maior. Peças em alumínio e materiais emborrachados também são um ótimo investimento.”