Casa prática e contemporânea com ar industrial
Transforme os ambientes ao melhor modelo nova-iorquino de ser
Quem curte praticidade e a ideia de dar cara nova a objetos em desuso tem muito o que se beneficiar ao investir no estilo industrial. Surgido em Nova York há mais de 50 anos, está cada dia mais presente e configura em grande tendência nos projetos residenciais.
A principal característica desse estilo, segundo a arquiteta Maikyanne Sudré, é a combinação entre os materiais, bem como o concreto aparente, madeira e vidro, além de janelas e portas amplas de ferro e paleta de cores neutras, como cinza, preto, marrom, branco, gelo e bege. “É um estilo de grande personalidade, diferenciado, sendo considerado prático e elegante.”
Outro ponto forte do industrial, conforme a profissional, é deixar tubulações elétricas e hidráulicas à mostra. “As peças, sendo protegidas por tubos, são isoladas por profissionais capacitados para o serviço, não oferecendo riscos aos moradores e sem a necessidade de proteção extra sobre essas instalações.”
Decoração high low
O estilo industrial está entre os mais fáceis de serem adaptados ao ambiente em uma reforma. A arquiteta Juliana Henriques ressalta que tendência valoriza os elementos estruturais já existentes e facilita a aplicação de itens característicos por meio das instalações típicas e acabamentos. Entre adornos e móveis, Juliana recomenda o uso de luminárias pendentes típicas de ambientes fabris, geralmente aramadas, além de mobiliário vintage, que pode ser alternado com peças atuais propondo uma estética high low, como estantes e prateleiras em metal e madeira.
“Adornos de antiquário também são bem-vindos. O vidro, tanto colorido quanto transparente, também é utilizado em esquadrias, vitrôs, adornos e luminárias. Os objetos podem, e devem, trazer outras cores, de forma a criar aconchego e conforto ao ambiente que está sendo projetado”, comenta a arquiteta.
Dentre os produtos disponíveis no mercado que contribuem para a aplicação do estilo, as profissionais ressaltam luminárias em trilhos, estantes de aço, baús, barris, cordas, caixotes e pallets. “Pelos sintéticos, plásticos, cortiças e cobre vêm para ampliar as sensações e personalizar o espaço. Peças com design reto, traços geométricos e formatos clássicos se complementam”, aponta Maykianne.
Outra dica é investir no piso, a partir de texturas que imitem materiais brutos, como concreto e madeira. As paredes também podem dar a impressão de inacabadas, garantido a beleza fabril ou recebendo elementos decorativos como obras de arte.
De NY para a sua casa
A origem do estilo data de meados do século XX, na cidade de Nova York, quando fábricas e galpões localizados em bairros de baixo poder aquisitivo se transformaram em moradia para diferentes tipos de pessoas, já que a população local crescia exponencialmente. Para atender a demanda, os acabamentos também seguiam a mesma linha, com itens baratos e mais acessíveis.
Foi a partir desse reaproveitamento de espaços que surgiram os lofts, moradias sem paredes cuja setorização ocorre por meio dos móveis. As características originais do estilo passam pelo aproveitamento das paredes de tijolos aparentes e tubulações à vista, luminárias das fábricas e móveis de trabalho.
Anos mais tarde, baseado nos conceitos defendidos pela escola de arquitetura de Bauhaus, o estilo sofreu uma releitura e vem se adaptando às necessidades atuais. Hoje o estilo transita entre o clássico antigo, mobílias rústicas e elementos modernos.