Assista a 5 curtas-metragens com DNA juiz-forano

A Tribuna sugere produções audiovisuais para assistir em casa sem se preocupar em qual serviço de streaming estão


Por Gabriel Ferreira Borges

19/02/2021 às 07h00

Faça frio, faça sol, sempre é dia, em meio à pandemia, de dedicar o fim de noite a quaisquer produções audiovisuais, sobretudo de curtas-metragens alocados em Juiz de Fora, ou, então, por roteiristas e diretores cujas carreiras se cruzam com a cidade. Se não há então paciência para séries de episódios de 40 minutos, ou, então, filmes com mais de 90, os curtas-metragens atingem a excelência ao ocupar pequenos espaços, mas deixar vazios suficientes para uma imensidão. A Tribuna sugere cinco curtas-metragens para iniciar o fim de semana, seja sozinho, seja acompanhado pelo cônjuge, mas em casa, ao lado de uma garrafa de vinho e quaisquer substâncias lícitas. Não se preocupe com a assinatura de serviços de streaming.

Onde estará João Vinagre? (2018)

O curta de Mariana Costa, premiado na categoria Luzes da Cidade do Festival Primeiro Plano em 2018, como ela relatou em entrevista à Tribuna, é um documentário sobre a história de vida do próprio pai e a relação entre ambos. A produção do curta-metragem foi uma tentativa de Mariana entender a morte do pai após receber a notícia quando morava sozinha, fora do país. A direção, o roteiro, a produção executiva, a concepção sonora e as direções de produção e fotografia são todas de Mariana. Já a montagem do documentário de 18 minutos é em parceria com André Viana. Mesmo com baixo orçamento e equipamentos limitados, o curta ainda foi selecionado para as mostras do Filme Livre e Sesc de Cinema.

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Azar (2018)

A síntese do curta-metragem do diretor e roteirista Gabriel Duarte é uma sexta-feira, 13, em 1968, num dos anos mais repressivos da Ditadura Militar no Brasil. O curta, que nasceu em meio a estudos realizados por Gabriel ainda à época da graduação sobre estética, cinema e realismo contemporâneo sob a tutoria de Nilson Alvarenga, diretor de fotografia do curta, inclusive. A produção de 18 minutos conta a história da supersticiosa Alice, interpretada pela atriz Soraya Ravenle. “Azar” estreou na Mostra Mercocidades do Festival Primeiro Plano em 2018, e, no último ano, foi selecionado para 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

O disfarce perfeito (2016)

O curta-metragem dirigido e roteirizado por Jéssica Ribeiro registra o corre de barbeiros que, todos os dias, saem da periferia de Juiz de Fora para trabalhar na parte baixa da Rua Floriano, Centro, para criar cortes desde o “disfarçado” até o “mandela”. A produção foi viabilizada após Jéssica ganhar o prêmio Incentivo do Festival Primeiro Plano em 2015, o que levou “O disfarce perfeito” a abrir o festival no ano seguinte. Jéssica reuniu apenas mulheres na produção do curta-metragem de 18 minutos: a produção executiva foi de Marília Lima; a direção de produção, de Paula Duarte; a direção de fotografia, de Rafaella Pereira de Lima; a concepção sonora, de Fram Moraes e Carol Caniato; e a trilha sonora, de DJ Poty.

Barbante (2016)

Financiado pela Lei Murilo Mendes, o curta-metragem ficcional de Daniel Couto e Samir Hauaji reúne em 20 minutos Laura Cardoso e Vinicius de Oliveira, além de Márcia Falabella. A produção da Impulso registra a busca de Zeca, 13 anos, por Barbante, o seu cachorro, no bairro onde mora, o que leva o espectador a imergir nas ruas, a passar pelos moradores e a conhecer a realidade do local. A produção do curta-metragem, gravado inteiramente em Juiz de Fora, ficou a cargo de Cézar Oliveira Campos; a fotografia, de Kiko Barbosa; a direção de arte, de Carol Hauaji; a animação, de Cassiel Weitzel; e o som, de Fabio Ferreira. O curta já esteve na programação de dez festivais país afora, além de ter estreado no Canal Brasil em 2017.

Móbile Haikai (2017)

A exemplo de “Barbante”, “Móbile Haikai”, dirigido por Lilian Werneck, também foi financiado pela Lei Murilo Mendes. A produção, que estreou ainda na edição de 2017 na Mostra Regional do Festival Primeiro Plano, é sobre o amor entre Maria Clara, surda, e Olívia, cega, que se conheceram em um exercício de uma oficina de teatro. Como o próprio nome denuncia, o curta-metragem de 20 minutos é estruturado em três atos principais: o tocar, o dialogar e o ser. Restrito para menores de 14 anos, o filme ainda foi selecionado para a Mostra TP Cine 2018 de Três Pontas, no qual levou os prêmios de melhor filme de média-metragem pelo júri oficial e de melhor roteiro filme de média-metragem. O curta ainda rendeu a Carú Rezende o prêmio de melhor atriz coadjuvante na Mostra Competitiva Offcine de 2018. “Móbile Haikai” é exibido com audiodescrição e legenda.

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