Honda Civic Si 2020 mantém motor 1.5 turbo e custa R$ 179.900

Frente com novos detalhes e câmbio mais curto estão entre as principais novidades do esportivo


Por Diego Ortiz para Agência Estado

30/07/2020 às 06h56

No convite da Honda para a avaliação do novo Civic Si, à venda no Brasil por R$ 179.900, havia uma informação importante: “cada carro será usado por apenas um jornalista e será devidamente higienizado”. Essa ações são mais do que importantes para o chamado “novo normal”. No caminho para a pista de testes da marca em Sumaré, no interior do estado de São Paulo, o coração do metido a piloto aqui já começou a desalinhar. Seria o primeiro encontro com a velocidade desde o início do isolamento social imposto pela Covid-19. Após três meses em casa, será que eu havia esquecido como se faz?

Dirigir rápido não é como andar de bicicleta. A gente perde o jeito. Por isso, a Honda fez um esquema bem inteligente, para favorecer a aclimatação ao carro. Primeiro, fizemos quatro saídas de 0 a 100 km/h, depois quatro de slalon e algumas voltas em uma pistinha bem técnica delimitada por cones. Na aceleração de 0 a 100 km/h surgiu uma pegadinha informativa. A marca não divulga o dado, mas o melhor tempo obtido na pista dá um sinal: 7,4 segundos.

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Na linha 2020, o Civic Si, que é feito no Canadá e oferecido exclusivamente com carroceria de duas portas, mantém o motor 1.5 de quatro cilindros com turbo a gasolina que gera 208 cv e 26,5 mkgf. São números interessantes e que fazem do Honda o único carro com mais de 200 cv vendido no Brasil por preço inferior a R$ 200 mil. O cupê é o Beto Carrero World de quem sonha com a Disney.

Mas se nada mudou, por que a impressão de que o Civic Si está mais ágil? A resposta está no câmbio manual de seis marchas, que teve as relações encurtadas em 6%. Mas parece mais. A primeira, então, está curtíssima, lembrando muito a tocada de carros de competição.

Frente com novos detalhes e câmbio mais curto estão entre as principais novidades do esportivo (Foto: Divulgação)

Esportividade e dirigibilidade

Toda a graça do Civic Si está na sensação e no controle. O Honda não é um monstro devorador de asfalto. Anda bem e só. É um dos carros mais à mão do mercado, mesmo no modo Sport de condução, que o deixa mais arisco e “duro”.

A direção elétrica adaptativa de duplo pinhão com relação variável é sensível na medida certa e os amortecedores adaptativos, em conjunto com as suspensões firmes, deixam o chassi sempre no ponto de certo. É muito difícil entrar “desequilibrado” em uma curva – a não ser que o motorista esteja inspirado a fazer besteira. E mesmo se isso acontecer, é fácil consertar a bagunça de tanto que o Civic Si é obediente aos comandos.

Para comparação, suas molas são 32% mais firmes que as da versão Touring do sedã. E a carroceria é 25% mais rígida. Há ainda todos os controles eletrônicos que brilham no cupê.

Um dos destaques é o sistema de vetorização de torque, que equilibra a tração nas rodas se o carro começar a sair de controle. Dependendo da experiência em pista, o motorista pode perceber esse limite, corrigir a trajetória e se divertir muito em curvas. Os coxins de suspensão superdimensionados (utilizados no Type-R) também colaboram com o bom conjunto.

O visual da carroceria e cabine também inspiram esportividade. É preciso ter muita má vontade para não achar o Civic Si atraente. Ainda mais agora, que o carro ganhou grade mais refinada e faróis de neblina de LEDs. As rodas de 18 polegadas também são novidade, com desenho inédito e acabamento fosco. Atrás não há mudanças.

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O Honda ganhou acionamento automático dos limpadores de para-brisa e um útil carregador de celular sem fio. E manteve o sistema multimídia com tela de sete polegadas sensível ao toque compatível com Apple CarPlay e Android Auto. Esse recurso, bastante desejado no mercado, integra a um bom sistema de áudio de 450 watts de potência com dez alto-falantes.

Há detalhes vermelhos no painel, em plásticos do acabamento e nos bancos esportivos revestidos de tecido texturizado. E, como na maioria dos cupês de duas portas, o espaço atrás continua ruim para adultos.

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