Poder relativo


Por RODRIGO MACHADO

25/04/2013 às 07h00

A matemática é simples. O mercado nacional está praticamente estagnado em 2013 e a concorrência cresceu. Logo, de uma maneira geral, os carros que já estavam na briga passaram a dividir o bolo com os novatos. Foi mais ou menos o que o Chevrolet Cobalt enfrentou nos últimos meses. O espaçoso sedã saiu da média mensal de 5.500 unidades, conseguida no ano passado, para um número mais modesto de 4.300 emplacamentos por mês neste primeiro trimestre de 2013. Retração de 22% que fez o sedã cair do 12º lugar no ranking brasileiro para 16º.

As perdas do Cobalt poderiam ser bem piores. É que em agosto do ano passado, a Chevrolet incrementou a linha do sedã com uma versão 1.8. A ideia na época, bem otimista, era aumentar em exatamente 20% as vendas do modelo. A nova versão foi até bem-sucedida e logo dividiu o mix de produção com a versão mais simples – tem agora exatos 50,8%. Só que o total de vendas praticamente não subiu – apenas acompanhou o crescimento no segundo semestre. Ou seja: a nova versão de certa forma impediu que a queda do Cobalt no mercado fosse ainda maior.

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Isso porque desde que foi lançado, outros modelos com o mesmo perfil foram apareceram, como o fortíssimo Fiat Grand Siena – que, inclusive, deu à Fiat a liderança entre os sedãs. Além dele, já estava no mercado o Nissan Versa, que também é um sedã de entre-eixos alongado e com motorização mais forte que o 1.4 Econoflex da GM. Além deles, as chegadas de Hyundai HB20S e do próprio Chevrolet Prisma acirraram a competição entre os sedãs compactos espaçosos na faixa dos R$ 45 mil.

Para dar este incremento ao Cobalt, a Chevrolet foi atrás do motor introduzido na Spin alguns meses antes. Se trata do mesmo 1.8 mostrado no antigo Corsa, só que retrabalhado melhorar o torque – algo desejável para modelos mais encorpados. Tanto é que a diferença de potência entre o 1.4 e o novo 1.8 é praticamente nula: 102 para 108cv. Já o torque sobe 30% e atinge 17,1kgfm a 3.200rpm. A Chevrolet ainda garante que 90% desta força aparece aos 2.500 giros. Para gerenciar o propulsor, o três volumes traz um câmbio manual de cinco marchas ou um automático de seis. Este último, por sinal, não estava nos planos iniciais da marca, mas apareceu por apelo do público.

O Cobalt 1.8 pode vir nas versões LT e LTZ. Por R$ 44.390, a mais barata já traz itens básicos como ar, direção hidráulica, airbag duplo, ABS, vidros e travas elétricas. A mais equipada ainda agrega rodas de liga leve, rádio/CD/MP3/Bluetooth, computador de bordo e vidros elétricos por R$ 48.090.

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