Encontro anual reúne relíquias automotoras em JF
Associação de Veículos Antigos espera cerca de 20 mil pessoas na 17ª edição de seu encontro anual neste fim de semana
Quem gosta de relíquias sobre quatro rodas tem uma oportunidade de ouro neste fim de semana. No estacionamento do hipermercado Carrefour, acontece a 17ª edição do encontro anual da Associação de Veículos Antigos (AVA). O evento, programado para sábado (21) e domingo (22), entre 8h e 18h, deve reunir milhares de clássicos que, juntos, contam a história da indústria automotiva mundial. Passando do Ford T 1926 — o mais velho emplacado em Juiz de Fora — ao brasileiríssimo Santa Matilde 1975, entre muitos outros, o evento da AVA promete ser, ainda, uma possibilidade de expositores e clubes trocarem informações e compartilharem experiências.
O mecânico Jorge Levi Mendes Filho, mais conhecido como Jorge Borboleta, é o presidente da AVA e organizador do encontro. Segundo ele, são esperadas cerca de 20 mil pessoas durante os dois dias, com entrada gratuita. Apenas expositores devem contribuir com a doação de 5kg de alimentos não perecíveis que, posteriormente, serão doados para instituições de caridade do município. O cadastro é feito no mesmo dia do evento.
Este ano, o encontro quer homenagear a indústria automobilística nacional, trazendo carros e caminhões da linha Chevrolet Brasil, como o C 6503 e a picape 3100, além dos famosos Opala e Corcel. “Recebemos em média 650 expositores, de aproximadamente 70 cidades, durante os dois dias. Eles doam os alimentos e ganham uma camisa, um troféu e um certificado de participação”, disse Borboleta, acrescentando que todo carro com mais de 30 anos será bem-vindo ao pátio do hipermercado. Para modelos mais recentes, há exceções, caso sejam de edições especiais.
Além do encontro
O encontro da AVA reúne donos e apaixonados por autos. Mas o evento oferece mais. Segundo Borboleta, há confirmados cerca de 40 vendedores de todo o Sudeste brasileiro para a comercialização de peças raras, miniaturas e objetos relacionados aos carros, como camisas, bonés e broches. “Tudo que atrai o fã de carro antigo estará presente. Não por acaso, o encontro da AVA se tornou um dos maiores do antigomobilismo mineiro”, disse o orgulhoso organizador.
O que há de mais raro na frota de Juiz de Fora
Jorge pretende levar parte da sua coleção ao encontro deste ano, diferente do que ocorreu em 2017, quando já havia tantos carros no Carrefour que os seus não tiveram como entrar no pátio. Desta vez, ele promete se antecipar para não deixar de fora clássicos que roubam a cena na cidade, como o próprio Ford T 1926, o Chevrolet Fleetmaster 1948 e o Dodge DeSoto 1952.
Também da cidade, quem vai abrir as portas da garagem em direção ao alto da Avenida Rio Branco será o mecânico de peças Geraldo Chapinoti. Ele promete levar quatro automóveis, além de uma motocicleta. São eles um protótipo raro do Santa Matilde 1975, um Chevrolet Corvette 1977, um Cadillac 1973 e um Ford Thunder conversível 1956. Entre os clássicos de duas rodas, a Lambretta 1958 promete fazer sucesso.
“Carro antigo é minha paixão há muitos anos. Sou filiado à AVA e tudo começou com o próprio Jorge (Borboleta). Antes eu ia aos encontros e nem carro tinha, mas daí a paixão falou mais alto”, disse Chapinoti, que cuida ele mesmo de suas relíquias. “Toda a parte mecânica dos meus carros sou eu mesmo que mexo e faço manutenção. Eu sou mecânico de máquinas, mas tenho uma oficina em casa para meus carros.”
