No topo da cadeia
A Chevrolet deu ao Cobalt uma responsabilidade e tanto no final de 2015: foi primeiro modelo a testar por aqui a nova identidade visual da marca, agora presente em quase toda a linha. Mas o face-lift pecou por um detalhe: afetou unicamente a estética do veículo e deixou de lado qualquer evolução mecânica. Algo que foi corrigido na linha 2017 do sedã, que ganhou modernizações no motor 1.8 litro – o único oferecido – capazes de fazer dele, segundo a marca, o mais econômico nesta litragem e com tecnologia flex do país. O avanço deixou a configuração de topo Elite com um custo/benefício mais atraente, já que alia a dose extra de requinte de versão de topo à eficiência energética comprovada pelo InMetro.
O motor 1.8 agora entrega mais potência e força em rotações mais baixas, por uma série de melhorias que resultaram, de acordo com a Chevrolet, em 21% de redução no consumo. Ele desenvolve até 111cv de potência em 5.200 rpm e 17,7kgfm de força a 2.600 giros com etanol no tanque – antes, esses valores eram de 108cv a 5.400rpm e 17,1kgfm a 3.200giros. O conjunto de pistões, bielas e anéis foi redesenhado e ficou mais leve, enquanto os anéis de pistão e o tipo de óleo lubrificante também sofreram alterações. O módulo eletrônico, responsável por controlar diversas funções do motor, está, segundo a fabricante, 40% mais rápido e potente. Novos sistemas de arrefecimento de gerenciamento de cargas elétricas completam o pacote.
Outras alterações ocorreram na direção, que deixou de ser hidráulica e passou a ser elétrica, e na suspensão, com a adoção de um novo conjunto de molas e amortecedores. O conjunto recebeu novos cubos de roda e barra estabilizadora e ficou 10mm mais baixo. A marca ainda mexeu na transmissão automática, de seis velocidades, para deixá-la mais suave e “inteligente” no trânsito.
No interior, novas funções chegam ao sistema OnStar. Caso da navegação por setas projetada na tela da central multimídia – que já conta com Android Auto e o Apple CarPlay – e com instruções por voz, que ajudam diante da ausência de GPS no equipamento. Há também um aplicativo para smartphone com dispositivo de diagnóstico, que informa a pressão de cada um dos pneus e a quilometragem total percorrida pelo automóvel.
Além disso, o sistema contempla mais de 20 serviços de emergência, segurança, concierge e conectividade a partir de um botão no retrovisor interno que o conecta a uma central com atendimento humano. Sensores espalhados pela carroceria detectam quando o automóvel se envolve em um acidente mais grave e alertam o Centro de Atendimento, que pode solicitar automaticamente uma equipe de resgate até o local. O automóvel também é monitorado e o motor pode ser bloqueado remotamente em caso de roubo.