Gasolina: Comum, aditivada ou premium?
Postos oferecem diversos tipos de combustíveis, com diferenças na composição e octanagem
Podium, comum, V-Power, aditivada, Octapro… Os postos de serviços oferecem gasolina com diversos nomes, que procuram transmitir a sensação de que, após o abastecimento com uma delas, seu carro vai sair batendo recordes de desempenho e economia. Mas, na verdade, nem sempre – ou melhor, quase nunca – é assim. Atualmente, a gasolina recebe nomes genéricos, caso da gasolina comum, e também denominações específicas de cada distribuidora.
A gasolina mais comum é exatamente a chamada de… comum. Ela é a gasolina tecnicamente identificada como “tipo C”, vendida em todos os postos. Trata-se da gasolina comercial, que leva adição de 27% de etanol anidro (sem água). Essa gasolina é obtida a partir do combustível do “tipo A”, que não tem adição de etanol, e não é vendida em postos.
A gasolina comum não recebe nenhum aditivo além do etanol, e por isso tem coloração amarelada. Tanto que, antigamente, era conhecida como “gasolina amarela”. Isso nos anos 70 e 80, quando a gasolina mais nobre (e mais cara) tinha coloração azulada. A gasolina comum tem octanagem mínima de 87 IAD (índice antidetonante). Esse número determina a resistência do combustível à detonação antes da centelha.
Acima da gasolina comum aparecem os combustíveis aditivados. Além da adição de etanol, essa gasolina recebe também detergentes e dispersantes em sua composição. Teoricamente, esses componentes têm a função de limpar o interior do motor, como formações de carvão em válvulas e câmaras de combustão. Geralmente, ela tem a mesma octanagem da comum, mas pode haver alguma diferença, dependendo da distribuidora.
Premium
Depois da gasolina aditivada estão os combustíveis conhecidos genericamente como “premium”. Sua principal característica é a maior octanagem. Ela é indicada para motores mais avançados. A gasolina “premium” não aumenta a potência do motor nem melhora o desempenho. Mas extrai o melhor do propulsor. Deve ser utilizada em automóveis que foram desenvolvidos para funcionar com ela, especialmente os esportivos importados. Essa orientação costuma estar no manual do veículo e na tampa do reservatório.
Utilizar combustível comum ou aditivado em automóvel feito para trabalhar com gasolina de maior octanagem pode resultar em piora de desempenho. Mas o inverso não ocorre. Carro desenvolvido para funcionar com gasolina comum não vai andar mais com a premium. Além de custar bem mais, ela não trará benefícios ao veículo.
Cada distribuidora tem um nome próprio para a gasolina especial. Na rede BR, por exemplo, esse produto é chamado de Podium, e tem 97 IAD. Na rede Ipiranga, essa gasolina é batizado de Octapro, em alusão à octanagem (96 IAD). A Shell batiza a sua gasolina premium de V-Power Racing, e informa que o IAD é de 91.
Dirigindo com economia
A economia de combustível está muito mais associada à forma de dirigir do que ao tipo de gasolina escolhido. Seguindo algumas dicas simples, é possível obter bons resultados. Um dos geradores de aumento de consumo é a pressão dos pneus. Quanto mais murchos, maior o atrito com o piso, e, portanto, é necessário mais esforço do motor. Verifique a pressão ao menos uma vez por semana, com os pneus frios.
Não descuide da manutenção preventiva. Filtro de ar sujo reduz a admissão de ar no motor. Cabos e velas de ignição que não estejam em ordem comprometem a qualidade da faísca. Como consequência, a má queima resulta em desperdício de combustível. Evite levar coisas que não sejam necessárias no porta-malas.