Honda SH 150i aposta em modernidade e bom custo/benefício


Por Tribuna

08/07/2018 às 07h00

Foto: Jorge Rodrigues/Carta Z Notícias

Em um ano de mercado, a Honda SH 150i cumpriu seu ideal de lançamento. Quando a nova scooter foi apresentada, em abril de 2017, a previsão é que emplacasse cerca de 500 unidades a cada mês. Dito e feito: em 15 meses, o modelo vendeu pouco mais de 7.700 unidades. Mesmo assim, a Honda decidiu reposicioná-la dentro de seu line up. Quando foi lançada, a SH 150i custava cerca de 20% mais que a outra scooter de baixa cilindrada da marca, a PCX 150i. Hoje, as versões das duas trafegam dentro da mesma faixa de preço, com uma diferença de R$ 500. A PCX começa em R$ 11.990 e vai a R$ 12.490 na versão DLX enquanto a SH 150i inicia em R$ 12.450 e chega em R$ 12.950, nas versões Sport e DLX. A diferença entre as versões se resume a acabamento, grafismo e cores.

A aproximação na tabela ocorreu em função do aumento de preços da PCX, mas ainda não se reverteu a favor da SH. A PCX mantém vendas cinco vezes maior, com 2.600 unidades mensais. Apesar de a SH apresentar algumas vantagens bastante palpáveis. A primeira é a dirigibilidade proporcionada pelas rodas aro 16, que permite enfrentar com mais desenvoltura os pisos irregulares das cidades brasileiras. Outra é o piso plano, que protege melhor, inclusive da chuva, e oferece uma posição mais confortável para a pilotagem. A terceira vantagem é a chave presencial para travas e ignição. Por fim, a SH tem freios com ABS, bem mais eficientes que os freios combinados da PCX.

PUBLICIDADE

Já o chassi também é completamente diferente. O da SH tem uma arquitetura underbone, em “U”, que rebaixa o centro de gravidade e possibilita o piso plano à frente do piloto e tem entre-eixos é 2 cm mais longo na SH, o que aumenta o conforto. No mais, os dois modelos trazem os mesmos recursos, como sistema Start/Stop, conjunto de iluminação totalmente em led e câmbio do tipo CVT, continuamente variável. Até o propulsor dos dois modelos é o mesmo, mas não são idênticos. Na SH, ele gerar 14,7 cv de potência e 1,40 kgfm de torque, contra 13,1 cv e 1,37 kgfm na PCX. Com a aproximação de preço e as vantagens objetivas que a SH oferece, há boas chances da proporção de vendas entre as duas se modifique daqui para a frente.

Honda-5Honda-6Honda-7Honda-8
<
>
Foto: Jorge Rodrigues/Carta Z Notícias

Impressões ao pilotar

As rodas grandes, os amortecedores de curso longo para uma scooter e o centro de gravidade rebaixado, por conta do quadro underbone, dão uma incrível agilidade para a Honda SH 150i, mesmo em terrenos irregulares — como costuma ser o pavimento das cidades brasileiras. O conjunto suspensivo ligeiramente rígido harmoniza bem com as qualidades ciclísticas da SH, mas tira um pouco do conforto. Em compensação, o banco com duas alturas bem definidas é bastante acolhedor.

Foto: Jorge Rodrigues/Carta Z Notícias

Outros aspectos da scooter dão enorme praticidade e reforçam sua vocação urbana. Como a chave presencial e o guarda-volumes sob o banco, com capacidade de acomodar um capacete fechado ou uma mochila média. Caso também as tomadas de 12 V dentro do pequeno compartimento no escudo, o que permite guarda e carregar um celular. Já o piso plano à frente do piloto não é uma unanimidade. A posição “sentada”, em vez da “montada”, costuma ser mais atraente para o público feminino, que ainda ocupa uma parcela proporcionalmente pequena entre os consumidores de veículos de duas rodas.

Além da boa estabilidade, a SH se mostra também bem-disposta. O motor de 14,7 cv proporciona a boa relação peso/potência de 8,8 kg/cv — o modelo tem apenas 129 kg. Isso se traduz em arrancadas rápidas. Já as retomadas são menos vigorosas, por conta do câmbio CVT, que demora um pouco a achar a relação de marchas correta. Este, porém, é um comportamento esperado e não chega a chatear ninguém. Ainda mais porque nos outros aspectos, a SH 150i supera as expectativas que se costuma ter em relação a uma scooter.

Ficha Técnica

Foto: Jorge Rodrigues/Carta Z Notícias

Motor: A gasolina, quatro tempos, 149,3 cm³, monocilíndrico, duas válvulas, comando simples no cabeçote e refrigeração líquida. Injeção eletrônica multiponto sequencial. Sistema Start/Stop.

Câmbio: Automático do tipo CVT (transmissão continuamente variável) através de correia.

Potência máxima: 14,7 cv a 7.750 rpm.

Torque máximo: 1,40 kgfm a 6.250 rpm.

Diâmetro e curso: 57,3 mm X 57,9 mm. Taxa de compressão: 10,6:1.

Suspensão: Dianteira com garfo telescópico com 100 mm de curso. Traseira dupla amortecida com 95 mm de curso.

Pneus: 100/80 R16 na frente e 120/80 R16 atrás.

Freios: Discos de 240 mm na dianteira e na traseira controlados por ABS de dois canais.

O conteúdo continua após o anúncio

Dimensões: 2,03 metros de comprimento total, 74 cm de largura, 1,34 m de distância entre-eixos, 80 cm de altura do assento e 14,6 cm de altura para o solo.

Peso: 129 kg.

Tanque do combustível: 7,5 litros.

Produção: Manaus, Amazonas.

Preço: R$ 12.450 na versão de entrada e R$ 12.950 nas versões DLX e Sport, sem frete.

Garantia: Três anos sem limite de quilometragem.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.