Vida e cara novas
A DS, divisão de luxo da Citroën criada em 2009, sempre teve como objetivo criar projetos mais atraentes e requintados a partir dos modelos da marca. Foi o que aconteceu com o DS3, baseado no compacto C3, o DS4, inspirado no hatch C4, e também o DS5, que compartilha a plataforma de modelos médios do grupo PSA Peugeot Citroën e tomou como base o conceito C-Sport Lounge, apresentado em 2005, durante o Salão de Frankfurt. Após ganhar a condição de marca independente da Citroën, no ano passado, a DS tratou logo de apresentar mudanças para seu modelo topo de linha. Alterações sutis, mas suficientes para exalar ainda mais a vocação esportiva do DS5.
Passar despercebido sempre foi tarefa praticamente impossível para o DS5. O modelo sempre atraiu olhares por seu design inusitado, misto de sedã, cupê e crossover. E, no último Salão de Genebra, em março deste ano, o DS5 ganhou renovações estéticas e mecânicas. Na parte externa, as modificações mais contundentes estão na “cara” do carro. A grade, agora em formato colmeia, está maior e se interliga aos faróis através de molduras cromadas. Outra novidade em relação à grade está na ausência do símbolo da Citroën ao centro, que foi substituído pela logo DS, para explicitar a desvinculação da antiga divisão de luxo da marca do “double chevron”. O conjunto ótico recebeu nova reorganização de luzes, e os faróis agora são compostos de bixenônio com leds junto com sinalização das luzes direcionais. O friso cromado, que sai do capô e vai até a janela dianteira do carro foi mantido. Na parte externa, a única novidade fica por conta da dupla saída de escape cromada, agora integrada ao para-choque.
Se do lado de fora o hatch premium ganhou apenas uma “maquiagem básica”, dentro da cabine estão as principais atrações. Os bancos são revestidos em couro com costuras à mão e tem desenho inspirados em pulseiras de relógio. Além disso, os dianteiros contam com massageadores e regulagem elétrica. O cockpit transmite a sensação de estar dentro de uma aeronave, com botões no console central e no teto em peças de alumínio escovado, para lembrar os comandos utilizados por pilotos de avião. O teto também possui três aberturas dinâmicas, com cortinas elétricas e individuais.
No centro do painel, aparece a nova tela sensível ao toque de 7 polegadas, que permitiu eliminar 12 botões. Logo abaixo aparecem os comandos do ar-condicionado de duas zonas e o câmbio. Outra tecnologia disponível no DS5 fica por conta do Head Up Display. Ao acionar o motor do veículo, aparece no campo de visão do motorista uma placa transparente com algumas informações essenciais para que o motorista não tire o olhar da via.
A lista de itens tecnológicos e de segurança fica mais extensa ao mencionar os seis airbags, sistema de partida sem chave, freio de estacionamento elétrico com assistente em rampas, câmera de ré, faróis de neblina que fornece feixe de luz lateral em curvas e cruzamentos, freios ABS com EBD e sistema antipatinagem, alerta para troca de faixa e monitoramento de pressão dos pneus.
Na Europa, assim como no Brasil, o DS5 tem sob seu capô o propulsor a gasolina THP 1.6 com turbocompressor, que fornece 165cv de potência. Por lá, a gama é ampliada com motores diesel – 1.6 litro com 120cv, e 2.0 litros com 150cv e 180cv, todos também com turbo e tração dianteira. A parte mais instigante fica com o motor híbrido de tração integral capaz de render 200cv, onde trabalham em conjunto um propulsor elétrico e o motor 2.0 HDI diesel. As transmissões variam entre automática ou manual, ambas de seis velocidades. Não há previsão de quando o renovado DS5 chega ao mercado nacional.