Conheça o Audi Q8, que chega ao Brasil em 2019


Por Jorge Beher (Autocosmos.com), com a colaboração de Márcio Maio (Auto Press)

05/07/2018 às 07h00

Foto: Divulgação

O SUV cupê Q8 é um dos projetos recentes mais ambiciosos da Audi. Principalmente pela principal característica que o diferencia dos principais rivais e até dos parceiros de plataforma: o alto nível de tecnologia. Além disso, dentro da própria marca alemã, há grandes mudanças no design, tanto por dentro como por fora. Um sinal de que a fabricante já está se propondo a rever alguns detalhes de sua identidade visual. Sua estreia acontecerá na Alemanha e em outros países europeus no terceiro trimestre deste ano. Para o Brasil, o Q8 é estrela garantida da marca no Salão de São Paulo, com vendas previstas para começarem no ano que vem. México, sua chegada está prevista para outubro próximo, então você tem alguns meses para salvar.

O SUV é montado sobre a plataforma MLB, que serve de base também para o Q7 e alguns outros modelos do grupo Volkswagen, incluindo o Volkswagen Touareg, o Porsche Cayenne, o Bentley Bentayga e o Lamborghini Urus. E foi projetado para bater de frente com os conterrâneos alemães BMW X6 e Mercedes-Benz GLE Coupé, além de outros modelos com características mais esportivas, como o Jaguar F-Pace. São 4,99 metros de comprimento, 1,99 m de largura, 1,70 m de altura e 3,00 m de entre-eixos. O utilitário é apenas 6,6 cm mais curto que o Q7. O porta-malas comporta 605 litros de capacidade — são 25 litros a mais que o BMW X6.

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O design traz linhas sólidas e alguns vincos que passam uma imagem robusta e, ao mesmo tempo, limpa. Na frente, a nova grade inteiriça, ou singleframe, muito mais proeminente e em formato octogonal, torna-se a grande protagonista do desenho e domina a dianteira. Nos faróis, os projetores principais ficam abaixo das luzes diurnas em led, em forma de “L”. E por baixo da grade há duas grandes entradas de ar, que nos modelos a diesel são apenas estéticas.

Foto: Divulgação

Mauricio Monteiro dos Santos, designer de interiores da Audi e do projeto Q8, garante que houve uma preocupação grande em fazer com que o interior do modelo correspondesse ao seu exterior. Daí veio o layout completamente horizontal, que marca a largura do SUV. Um grande console em acabamento preto brilhante ajuda a camuflar uma das duas telas do sistema multimídia, com 10,1 polegadas, enquanto a segunda, de 8,6 polegadas, aparece abaixo. Há ainda uma terceira tela, já conhecida nos lançamentos mais recentes da marca, que é o painel digital, o Audi Virtual Cockpit, com todos os instrumentos de condução e personalizável. Atrás, os assentos são deslizantes e reclináveis, além de terem seus próprios comandos para controle de temperatura e airbags laterais próprios. O sistema de áudio leva a assinatura da dinamarquesa Bang & Olufsen, com uma seleção de alto-falantes que possuem suas próprias inserções acústicas dentro das portas, o que melhora significativamente a fidelidade e a projeção do som.

A tela superior mostra a câmara de ré, áudio, conexões e várias configurações. A inferior é para o controle climático e oferece acesso direto a funções como o controle de descida e desativação ou ativação do modo start/stop e do head-up display. Os únicos botões físicos são os da ignição, do assistente de estacionamento e do volume, além de um comando para acesso direto a toda assistência de direção do carro — não é preciso acessar o menu para isso.

O Audi Q8 vai estrear com um motor diesel V6 3.0 turbo de 286 cv e 61,2 kgfm de torque, além de outro motor também diesel de menor especificação e um propulsor a gasolina TFSI. Este último é um sofisticado V6 de 3.0 litros, com 335 cv e 51 kgfm de torque — foi este o protagonista da avaliação, associado a uma caixa automática sequencial de oito velocidades, sistema Quattro de tração integral, sete modos de condução e suspensão pneumática ajustável. Todos os motores estão associados a um sistema semi-híbrido. É possível desligar o motor por 40 segundos quando se solta o acelerador, permitindo que o carro seja impulsionado pela inércia, para economizar combustível. Este sistema também aciona as rodas traseiras com intensidade diferente, para melhorar o raio de giro em baixa velocidade — algo essencial em um SUV de praticamente 5 metros de comprimento e que melhora a estabilidade lateral em velocidades superiores. Principalmente quando se considera o peso do Q8, de 2,1 toneladas, mesmo com muito uso de alumínio em sua construção.

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