Nova opção do Captur Bose se destaca pela combinação de cores exclusiva, não pelo som


Por Hairton Ponciano (Agência Estado)

05/03/2020 às 07h08

Por fora, apenas um discreto aplique perto dos retrovisores revela o nome da versão. Os mais atentos talvez percebam os novos trajes do Renault Captur Bose que traz, além do sistema de som que lhe dá nome, uma nova combinação de cores. É o caso do cinza com teto prata – exclusivo do modelo – no carro avaliado.

Há duas opções: motor 1.6 e câmbio CVT, por R$ 97.990, e 2.0 com caixa automática de quatro marchas, a R$ 98.990. Em ambos os casos, o preço é R$ 2 mil mais alto que o da versão Intense, de topo. O Captur 1.6 CVT sai a R$ 95.990 e o 2.0 automático, a R$ 96.990. A diferença de R$ 1 mil pode fazer o comprador pender para o motor “maior”, mas esse 2.0 é antigo, gera 148 cv e gasta muito. Colabora com isso o câmbio de quatro marchas.

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Versão Bose do Captur pode ser identificada pela pintura bicolor como essa, que combina cinza com teto prata (Foto: Renault/Divulgação)

Avaliamos a versão 1.6, mais moderna, mas que também tem seus problemas, caso do reservatório de partida a frio, banido na maioria dos carros atuais. Seus 120 cv são aceitáveis, mas o consumo deixa a desejar. Segundo dados do Inmetro, com um litro de etanol o SUV roda 8,1 km na estrada.

A associação com o câmbio CVT resulta em respostas lentas. O SUV, que pesa 1.286 kg, acelera de 0 a 100 km/h em 13,1 segundos, com etanol. A suspensão deixa o carro alto (21,2 cm do solo) e privilegia o conforto. O rodar é suave e o Captur absorve bem as imperfeições do piso, mas em curvas a carroceria se inclina bastante. A direção eletro-hidráulica é lenta nas respostas.

O Captur atrai pelo visual e pelo porte. As linhas agradam e as luzes de LEDs de uso diurno se destacam na dianteira. O som da Bose tem dois tweeters na frente, um alto-falante em cada porta e um subwoofer no porta-malas, que não rouba espaço de bagagem. O compartimento, com 437 litros, é um dos maiores da categoria.

Visual atraente: As linhas agradam e as luzes de LEDs de uso diurno se destacam na dianteira (Foto: Renault/Divulgação)

Há amplificador digital de sete canais e equalizador comandado por meio da tela de 7 polegadas da central multimídia. O sistema é compatível com Android Auto e Apple CarPlay. Esperávamos melhor qualidade tanto do som quanto da recepção do rádio.

O revestimento dos bancos imita couro, há quatro air bags e câmera traseira. Ao sair do carro com a chave (um cartão), os retrovisores se rebatem e as portas travam sozinhos. O ar-condicionado parou de funcionar durante a avaliação.

Prós e Contras

Prós: estilo

Renault atrai pelas linhas e o porte. As luzes de LEDs de uso diurno se destacam na frente.

Contras: Desempenho

O conjunto formado pelo motor 1.6 e o câmbio CVT resulta em respostas mornas.

Modelo vem com amplificador digital de sete canais e equalizador, que pode ser comandado por meio da tela da central multimídia, de sete polegadas (Foto: Renault/Divulgação)

Ficha Técnica

Preço sugerido
R$ 97.990

Motor
1.6, 4 cil., 16V, flexível

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Potência (cv)*
120 a 5.500 rpm

Torque (mkgf)*
16,2 a 4.000 rpm

Câmbio
Automático, CVT

Porta-malas
437 litros

*Dados com etanol

Fonte: Renault

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