Juiz-forana leva esperança para comunidades carentes do Nordeste


Por Caroline Delgado

31/10/2016 às 17h52

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Foto: Arquivo Pessoal

Foram 2 mil quilômetros percorridos de carro, 50 quilômetros navegando pelos rios Preguiças, Coreáu e Parnaíba, visitando a população ribeirinha, comunidades de pescadores, enfrentando difícil acesso aos lugares, com um único objetivo: ajudar o próximo. Durante o feriado do dia 12 de Outubro, a juiz-forana Catia Cilene, 35 anos, e o seu marido, Cesar Ribeiro, 55, visitaram três estados durante 12 dias, levando alimentos, brinquedos e uma palavra amiga.

O casal visitou os estados do Ceará, Piauí e Maranhão com ajuda de doações de igrejas evangélicas e de pessoas da comunidade em que vivem, em Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro. Segundo Catia, o trabalho já tinha sido realizado no ano passado. Eles tiveram uma experiência muito significativa e resolveram voltar neste ano. “É uma região muito carente, muitas pessoas moram afastadas, não têm posto de saúde, não têm um alimento, eles precisavam de ajuda”, disse.

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Durante esses 12 dias, o casal encontrou muita pobreza e miséria. “Recebemos o relato de pessoas que nos emocionaram bastante. Algumas contaram que dormem para esquecer que estão com fome”, disse Cesar, emocionado. Outra história que mexeu com a juiz-forana foi de um rapaz que ela conheceu na cidade de Tatajuba, no Ceará. “Cheguei à comunidade onde ele morava e perguntei se ele conhecia alguma pessoa que estava precisando de ajuda. Ele me levou até a casa dele e abriu a geladeira, onde me deparei com um monte de baratas. Depois desse acontecimento, vi como tem gente que reclama de tudo, e o pouco, para aquelas pessoas, é muito.”

O casal também fez travessia de rios para chegar a lugares com pouco acesso, muitas vezes caminhando até seis quilômetros para chegar ao destino. “Atravessamos o Rio Parnaíba, tive sorte de não me deparar com uma jiboia, jacaré”, conta Cesar. Nessas horas, afirmam, eles esqueciam dos perigos, e o único objetivo era proporcionar o mínimo e o necessário para aquelas pessoas.

Outra história que marcou a viagem foi quando eles visitaram um albino, chamado Maylon, em Tutoia, Maranhão. O casal levou mantimentos, brinquedos, filtro solar. O menino ainda recebeu um uniforme do Flamengo, que foi o seu desejo. “Foi uma das histórias que mais me marcaram. Aprendi a dar valor às coisas simples da vida”, concluiu Cesar.

Depois de visitar várias cidades, enfrentar desafios e ajudar o próximo, o casal contou que tirou várias lições e que elas vão ser levadas para o resto de suas vidas “Aprendemos a dar mais valor às coisas pequenas, olhar a vida como ela é, compreender mais. A vida passa tão rápido, e o importante é levar o amor, a palavra de Deus.” finalizaram.

Você também pode ajudar

Quem quiser ajudar nas próximas missões com quantia em dinheiro e alimento pode entrar em contato nos telefones: (24) 9 9909-4300, (24) 3346-6220 e (24) 9911-0698.

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