Painel 29-07-16
Caminhos de Minas
O debate em torno da reforma política tem especial interesse de políticos de estados de grande dimensão, como Minas Gerais e seus 853 municípios, pois, pelas atuais regras, a caça ao voto é um exercício que demanda muita saúde física e financeira. Já na lida, os parlamentares passam o recesso e os fins de semana visitando redutos, alguns distantes de sua base original. O deputado Isauro Calais, por exemplo, esteve recentemente em Arcerburgo, a 505 quilômetros de Juiz de Fora. É uma viagem que não se faz em menos de seis horas, por estar perto de Ribeirão Preto, em São Paulo. “Essa é a vida de candidato”, destacou, lembrando que seus colegas também estão na mesma batida, com pretensão de ampliá-la à medida que se aproxima o período eleitoral.
Sem regras
O problema é a indefinição do Congresso. Os pré-candidatos já estão percorrendo o interior, mas não sabem que regra estará em vigor em 2018. Por isso, há dificuldades na abordagem aos chamados cabos eleitorais, pois, se for o distritão, o discurso é um; se permanecer o mesmo modelo, a estratégia é outra. Os prefeitos, principal alvo dos candidatos, também querem saber como se portar, pois temem dar mais do que podem se as regras foram mudadas.
Pelo distrital
O deputado Isauro só vê uma saída para essa situação: a adoção do voto distrital, que delimitaria o território. Hoje, como são poucos os que conseguem se eleger com os votos de seu domicílio eleitoral, a saída é colocar o pé na estrada, o que demanda, inclusive, investimentos financeiros. Ademais, os pré-candidatos não fazem só uma viagem. Em fins de semana, viajam por uma dezena de municípios, emendando uma cidade após a outra para visitar seus cabos eleitorais.
Ações em JF
O governador Fernando Pimentel estaria programando o anúncio de novidades para a cidade ainda neste segundo semestre. Trata-se de uma ação esperada há tempos, mas que demanda recursos e projetos, a fim de garantir a perenidade do espaço beneficiado. Os estudos já estariam bastante avançados.
