Cientistas políticos acreditam que eleições 2018 devem promover maior renovação no Legislativo

Por Paulo Cesar Magella

29/12/2017 às 06h30 - Atualizada 28/12/2017 às 21h27

Renovação no Legislativo

As eleições de 2018 devem promover a maior renovação do Parlamento desde a redemocratização. A observação é do cientista político Jairo Nicolau, publicada na coluna de Ancelmo Gois, de “O Globo”, quarta-feira, quando apontou, entre as causas, o excesso de candidatos, possíveis instabilidades ao curso da campanha, período curto para convencer o eleitor e falta de recursos. O também cientista político Paulo Roberto Figueira, da UFJF, acrescenta que há outros fatores que reforçam essa conclusão, como a má avaliação da política em geral. “O sentimento de inconformidade costuma gerar votos de protesto, apoio a outsiders, vontade de mudança. Todas essas sensações estão presentes agora em largas parcelas do eleitorado, o que sugere vantagens competitivas para quem se apresentar como algo novo e diferente”, destacou.

Meta para 2018

Os políticos fecham o ano com duas preocupações: a reeleição e a falta de recursos para enfrentar uma campanha curta e cara. Com o fim do financiamento empresarial, os partidos ainda não definiram objetivamente como irão bancar as candidaturas de seus filiados com base no fundo partidário. Quem terá prioridade? Essa indagação ocupa corações e mentes principalmente dos postulantes a vagas na Câmara Federal e nas assembleias, isto é, os de voto proporcional, cientes de que a maior parte do bolo vai para o modelo majoritário, no qual estão inseridos a Presidência, os governos dos estados e o Senado Federal. Alguns analistas avaliam que a mudança na composição dos parlamentos será uma das maiores dos últimos pleitos, reforçada pelas denúncias de corrupção que atingem todas as instâncias.

PUBLICIDADE

Pampulha sem voos

A decisão do Tribunal de Contas da União de vetar a reabertura do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, para voos entre estados, foi uma vitória do senador Antonio Anastasia, autor da ação, mas teve também outros atores em instâncias distintas. Na Câmara Federal, o deputado Marcus Pestana, com o mesmo objetivo, apresentou decreto legislativo questionando a postura do Governo federal. Fruto de pressão do ex-deputado Valdemar Costa Netto e de seu partido, PR, que controla a Infraero, a reabertura coloca em risco a concessão do Aeroporto de Confins, para onde todos os voos foram direcionados. Ademais, a população do entorno da Pampulha é contra, por conta dos riscos. O terminal deve ficar apenas para voos regionais e de aeronaves particulares.

Governança premiada

A Codemig irá premiar os distritos industriais com governanças mais bem estruturadas do estado, isto é, com uma autogestão efetiva do empreendimento pelos seus ocupantes, normalmente feita por meio de uma entidade associativa que reúna as lideranças das empresas. O prêmio do Governo do estado, em parceria com a Codemig, será de R$ 50 mil para cada um dos três distritos vencedores, “com o objetivo de incentivar uma administração cada vez melhor desses locais por parte dos próprios empresários e oferecer recursos para a implantação de melhorias”. O edital já está disponível no site da companhia.

 

O conteúdo continua após o anúncio
Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade pelo seu conteúdo é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir postagens que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.



Leia também