Convenção nacional define rumos do PSDB

Por Paulo Cesar Magella

29/05/2019 às 19h00 - Atualizada 29/05/2019 às 16h53

A convenção nacional do PSDB, nesta quinta-feira, tem um significado especial para a legenda por apontar para novos tempos na relação dos tucanos com as ruas e entre si, por conta da divisão que é visível entre os tradicionais e a nova geração capitaneada pelo governador de São Paulo, João Doria. Com nítido interesse na presidência da República, em 2022, o governador quer dar uma nova cara ao partido, tirando-o da centro-esquerda e migrando para a centro-direita. Além disso, não esconde a pretensão de renovar o comando partidário, dando essa missão ao ex-ministro Bruno Araújo, candidato único à presidência. Filho do senador Cássio Cunha Lima, o deputado federal Pedro Cunha Lima, de 30 anos, vai assumir a presidência do Instituto Teotônio Vilela, braço teórico do partido. A senadora Mara Gabrilli será a primeira vice-presidente.

Desdobramentos nas bases

O que for decidido nesta sexta-feira em Brasília será referência para as demais instâncias. Embora já tenha feito sua convenção e indicado o deputado Paulo Abi-Ackel para a presidente, o diretório estadual de Minas pode ser um contraponto aos avanços de Doria, já que o presidente é ligado ao deputado Aécio Neves, o verdadeiro cabeça da agremiação em Minas. Aécio escapou do Código de Ética do partido, mas tem problemas com Doria, que não gostaria de ter indiciados pela Lava Jato na legenda. Já o diretório municipal mantém-se em vigília, mas sem tomar qualquer medida no curto prazo.

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