Promulgada lei que concede título de cidadão benemérito a Noraldino Júnior

Oriundo de projeto de lei do vereador André Mariano (PSC), o texto teve tramitação tumultuada e chegou a ser retirado pelo autor no ano passado

Por Paulo Cesar Magella

28/06/2017 às 07h22 - Atualizada 28/06/2017 às 07h22

Título polêmico

Polêmico desde sua proposição pelo conteúdo político e por recentes embates eleitorais da cidade, a legislação municipal que concede ao deputado estadual Noraldino Júnior (PSC) o título de cidadão benemérito foi promulgada no último sábado (24) pelo presidente da Câmara, Rodrigo Mattos. Oriundo de projeto de lei do vereador André Mariano (PSC), o texto teve tramitação tumultuada e chegou a ser retirado pelo autor no ano passado, às vésperas das eleições municipais, em que Noraldino tentou a Prefeitura. Aprovada pela Câmara este ano, a peça foi encaminhada para sanção do prefeito Bruno Siqueira (PMDB), que não chegou a colocar a assinatura no papel que concede a honraria a um de seus adversários no último pleito municipal. Findado o prazo legal, o projeto retornou ao Palácio Barbosa Lima, que ficou a cargo da promulgação da norma.

 

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Calais também

Por outro lado, os vereadores já aprovaram em duas discussões – restando apenas a Comissão de Redação – projeto semelhante, de autoria do vereador Vagner Oliveira, a favor do deputado Isauro Calais (PMDB). Não houve votos contrários, devendo o texto, ainda esta semana, ser encaminhado ao prefeito Bruno Siqueira para sanção. Desta vez, porém, não deve haver dificuldade.

 

Em bloco

O governador Geraldo Alckmin, em entrevista à CBN, não escondeu sua preocupação com o Governo, mas está mais voltado para o PSDB, que não sabe se sai ou se fica na base do presidente Michel Temer. Segundo o governador, não dá para liberar a bancada e cada um dos deputados definir o voto de acordo com seus interesses. Vai defender o fechamento de questão. O partido sai ou fica no Governo em decisão colegiada.

 

Pela boca

O ditado “o peixe morre pela boca” nunca esteve tão atual como agora. No início do ano, quando surgiram suspeitas em torno de ministros de seu Governo envolvidos pela Lava Jato, o presidente Michel Temer, em ato solene, disse que os que fossem denunciados teriam que se afastar do Governo até provarem a inocência; no caso de serem transformados em réus, seriam demitidos. Com a denúncia formulada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é ele, agora, que se encontra em tal situação, e ainda corre o risco – se a Câmara aprovar – de virar réu. Seguirá os seus próprios termos?

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