Sucessão na Câmara e reforma na PJF ocupam a agenda dos vereadores

Por Paulo Cesar Magella

27/10/2018 às 22h00 - Atualizada 26/10/2018 às 20h10

As eleições deste domingo deram um tempo nas conversas sobre a sucessão na Câmara, mas não será por muito tempo. Tão logo sejam definidos os resultados e as comemorações dos vencedores, o tema voltará à mesa do Legislativo, uma vez que há pontos pendentes que precisam ser superados. Um deles é a antecipação da eleição sugerida pelo vereador Júlio Obama (PHS), ligado ao grupo que apoia a candidatura do vereador Luiz Otávio Coelho (Pardal). Não há consenso sobre tal proposta, a despeito da justificativa, por conta da distância entre o dia que ele sugere – no fechamento do período de novembro – e a data real, que deve ocorrer na primeira quinzena de dezembro. A matéria entrará somente na pauta de novembro, já que ainda tramita nas comissões técnicas.

Olho nos dissidentes

Nos bastidores, porém, as conversas continuam com cada lado buscando dissidentes para engrossar suas fileiras. Os dois lados fazem contas, e há sempre a expectativa de virada de mesa, sobretudo no lado de Pardal, que, em tese, já tem os dez votos necessários para se eleger. Na semana passada, além dele, nove vereadores assinaram um termo de apoio à sua candidatura e formalizaram o texto em cartório, mas em política tudo é possível. Pardal já é um veterano no Legislativo e sabe que não pode abrir a guarda em momento algum.

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O outro lado

Mas se o grupo de Kennedy Ribeiro tenta tirar votos da base de Pardal, a recíproca é verdadeira. Pelo menos dois vereadores já foram procurados para mudar de lado. Em princípio, mantiveram a posição, mas também não fecharam as portas. A semana será pródiga nessas conversas, sobretudo por já não ter mais o peso da eleição nacional nem da disputa estadual. Mas isso não encerra o ciclo de demandas dos vereadores.

Mensagem na pauta

Deve chegar nos próximos dias à Câmara a mensagem de reorganização administrativa defendida pelo prefeito Antônio Almas. Já há sinais de preocupação no Legislativo a despeito de o próprio prefeito ter comparecido à Câmara para explicar a sua proposta. Ele não detalhou o que seria feito, mas antecipou aos vereadores que precisaria do respaldo para tomar as medidas necessárias para melhorar as contas da Prefeitura.

Comissionados

O que se fala nos bastidores da Câmara é que há preocupação com a redução de quadros. Como o prefeito não pode mexer com concursados, as possíveis demissões devem ocorrer entre os comissionados, isto é, pessoas indicadas, muitas vezes, pelos próprios vereadores. Essa conversa ainda não foi feita, uma vez que não há lista de quem pode sair. O projeto continua a sete chaves, mas é certo que haverá redução de secretarias com a fusão de algumas pastas.

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