Câmara questiona queima de fogos no Morro do Cristo

Por Paulo Cesar Magella

25/10/2018 às 22h00 - Atualizada 25/10/2018 às 20h03

A queima de fogos no Morro do Cristo, programada pela Associação Comercial para comemorar uma eventual vitória do candidato do PSL Jair Bolsonaro no domingo, sofreu um revés na Câmara Municipal. Os vereadores aprovaram uma representação do emedebista Marlon Siqueira, na qual ele questiona o evento e pede que a associação “se abstenha da queima e da soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos com potencial de produzir danos à saúde e à vida fora dos permissivos legais”. Na justificativa, Marlon destaca que “existem limitações legais quando o assunto é queima e soltura de fogos de artifício, haja vista os consequentes danos que se podem trazer aos animais, expondo-os a graves sofrimentos, inclusive com relatos de morte em várias partes do país e do mundo, ao meio ambiente, por atentar contra área de preservação”, entre outros. O documento deve chegar ainda nesta sexta-feira às mãos do presidente da associação, Aloísio Vasconcelos.

Pestana de mudança

Em vez da volta para casa, em consequência de não ter o mandato renovado no Congresso Nacional, o deputado Marcus Pestana está deixando Juiz de Fora e fixando residência em Brasília. A informação foi dele próprio, ao participar, nessa quinta-feira, do programa Pequeno Expediente, da Rádio CBN Juiz de Fora. Professor licenciado da Universidade Federal, ele deve transferir sua cátedra para a UNB. O deputado justifica a mudança por razões familiares, uma vez que sua mulher, Elizabeth Paranhos, é médica no Distrito Federal. Mas é também na capital onde se encontram as melhores oportunidades para quem pretende atuar na área de consultoria, após tantos anos de mandato na Câmara Federal.

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Desapontamento

Na mesma entrevista, o parlamentar não escondeu seu desapontamento com as urnas de outubro, embora respeite o resultado por ser uma decisão democrática. Na sua avaliação, o eleitor desconheceu os 40 anos de vida pública e suas ações tanto no Congresso quanto no período em que era o titular da Secretaria de Estado da Saúde. Por suas contas, deveria ter em torno de 120 mil votos, mas ficou apenas em 75 mil. Se fosse em outra legenda, provavelmente seria reeleito, pois ficou à frente de 19 deputados que obtiveram o aval das urnas. Tucano de primeira hora, entende que o PSDB, assim como outros partidos, como PT e MDB, precisa ser repensado ante o recado que recebeu do eleitor em 7 de outubro.

Bloqueio na comissão

A antecipação da data de eleição da nova Mesa Diretora, sugerida pelo vereador Júlio Obama (PHS) por meio de um projeto de resolução, pode esbarrar numa questão política. Este, como todos os projetos, tem que passar necessariamente pela Comissão de Legislação e Justiça. E é aí que surge o problema. Todos os três membros da Comissão – Adriano Miranda (PHS), Marlon Siqueira (MDB) e José Márcio Garotinho (PV) – fazem parte da chapa que tem como candidato o vereador Kennedy Ribeiro, que não concorda com tal antecipação, por não ver nenhuma razão para mexer no calendário. Mas tudo pode ser resolvido se ocorrer uma boa conversa entre as partes. Obama faz parte do grupo que tem o vereador Luiz Otávio Coelho (Pardal) como candidato à presidência do Legislativo.

Prefeituras sem caixa

Em entrevista à Rádio CBN, o presidente da Associação Mineira dos Municípios, Julvan Lacerda, repetiu o mantra que tem recitado nos últimos meses: os municípios estão impossibilitados de cumprir obrigações básicas por conta da falta de dinheiro. Ele culpou especialmente o Governo do estado, que tem uma dívida com as prefeituras da ordem de R$ 9 bilhões e não dá qualquer indicativo de que vai quitá-la. “Os prefeitos já não sabem mais o que fazer, porque o Governo do estado está confiscando todo o dinheiro dos municípios para tapar um buraco sem fundo. Não resolve nem o problema dele nem o dos municípios”, destacou. Julvan enfatizou que, mesmo a Lei de Responsabilidade definindo que certas dívidas não podem ser repassadas para o próximo Governo, o governador Fernando Pimentel não está se importando muito, pois continua mantendo confisco até de verbas, como parte do ICMS, que deveriam ser obrigatoriamente repassadas às prefeituras.

 

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