Candidatos aproveitam Semana Santa para definir seu futuro eleitoral

Por Paulo Cesar Magella

25/03/2018 às 07h00 - Atualizada 26/03/2018 às 14h34

Para reflexão

A Semana Santa será período de reflexão para os políticos diretamente interessados no processo eleitoral de outubro. Como o prazo de desincompatibilização termina no dia 7 de abril, data que também fecha a janela eleitoral, as definições começam a se consolidar. Com a entrada do senador Antonio Anastasia no páreo, como candidato do PSDB, voltaram à pauta as especulações em torno do governador Fernando Pimentel, que poderia disputar uma vaga no Senado. Mas o Palácio e seu entorno têm destacado que esse discurso não tem o menor fundamento. Pimentel, garantem, será candidato à reeleição. No âmbito local, crescem as expectativas em torno do prefeito Bruno Siqueira. Seus recentes pronunciamentos têm indicado que ele não pretende ser um mero espectador do jogo político. Sendo ou não candidato, tem aspiração de ser um player, sobretudo por liderar uma cidade com cerca de 600 mil habitantes e com um expressivo colégio eleitoral de quase meio milhão de eleitores inscritos.

Dilemas locais

Mas a questão central permanece: Bruno sai ou fica? Ele se fecha em copas, mas deve anunciar sua posição até o fim da semana que começa. Raciocínio semelhante vale para o presidente da Câmara, Rodrigo Mattos. Filiado ao PSDB, tem a pretensão de disputar uma vaga na Câmara Federal. No seu caso, estão em jogo duas questões. A primeira é se será candidato pelo PSDB, seu atual partido, ou se vai migrar para uma legenda na qual o número de votos para ser eleito seja bem menor do que o ponto de corte tucano. A segunda está diretamente ligada a essa decisão. Como a janela não contempla vereadores, se mudar de partido, tem que negociar para que seu suplente, o ex-vereador José Laerte, ou próprio partido, não peça a sua vaga na Justiça Eleitoral.

PUBLICIDADE

Fora do páreo?

O senador Aécio Neves vive um momento crucial na sua carreira política. Em 2014, esteve perto de vencer a eleição presidencial. Em 2018, tornou-se pedra no sapato dos aliados, que não gostariam de tê-lo em seu palanque. Já se fala – mas sem qualquer garantia de veracidade – que ele pode até encerrar sua carreira política, o que, em tese, seria um facilitador para o senador Antonio Anastasia, que disputaria o Governo sem o ônus de carregá-lo no palanque. Mas a notícia se perde nos próprios fatos. Com denúncias na Justiça, o senador não abriria mão do foro privilegiado. Seria extremamente arriscado para ele ficar sem mandato e se submeter à primeira instância sem qualquer privilégio.

Pela oposição

A eleição da diretoria da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) será acirrada este ano. Pela primeira vez, em quase 80 anos de história da entidade, serão duas chapas na disputa, prevista para ocorrer em maio. O lançamento da chapa Renova, oposição à atual diretoria, ocorreu na quinta-feira (22), na capital mineira. A composição será encabeçada pelos presidentes do Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), Nadim Donato, e do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), Emerson Beloti. O atual presidente da Federação, Lázaro Luiz Gonzaga, que está no cargo desde 2010, irá tentar a reeleição.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade pelo seu conteúdo é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir postagens que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.



Leia também