Cotas partidárias passam por avaliação

Por Paulo Cesar Magella

22/06/2019 às 12h00 - Atualizada 19/06/2019 às 19h38

O estabelecimento de cotas para mulheres na lista de candidatos aos postos públicos não foi suficiente para reverter o quadro nos legislativos e executivos pelo país afora. No seu último levantamento, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) destacou que na atual legislatura, as mulheres ocupam 15% da Câmara e do Senado, num crescimento de cinco pontos percentuais em relação ao período passado, mas aquém das expectativas. Em 2020, quando prefeituras e câmaras municipais estarão sob avaliação dos eleitores, os partidos serão obrigados a repassar 30% para candidaturas de mulheres, mas há preocupação. No ano passado, 89% dos 16.131 candidatos – 14.417 mulheres – não obtiveram um voto sequer nas eleições, indicando que boa parte deles eram laranjas, isto é, foram colocados nas chapas apenas para cumprir a legislação, mas sem a menor estrutura para disputar.

Curso vai preparar mulheres para as eleições

Com a preocupação de preparar mulheres para disputar postos públicos, várias ações estão em curso. Em Juiz de Fora, a deputada Sheila Oliveira (PSL) criou o Primeiro Programa de Capacitação para lideranças políticas – Mulheres Aurora. Pelo projeto, 161 mulheres serão treinadas e capacitadas com foco nas próximas eleições municipais. Atualmente, as inscritas passam por entrevistas individuais cujo objetivo é certificar se elas têm intenção de disputar uma cadeira na Câmara Municipal ou até mesmo a Prefeitura. Essa etapa deve terminar em julho. A partir daí, as inscritas serão instruídas sobre vários temas, entre eles gestão de equipes, projetos, direito constitucional, teoria geral do Estado e comunicação eleitoral, entre outros. Mesmo as inscritas no programa sem pretensão eleitoral passarão pelo mesmo curso.

PUBLICIDADE

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade pelo seu conteúdo é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir postagens que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.



Leia também