PMDB volta a se chamar MDB

Por Paulo Cesar Magella

20/12/2017 às 06h30 - Atualizada 20/12/2017 às 11h11

Volta às origens

Na convenção extraordinária, nessa terça-feira, em Brasília, o PMDB voltou às origens e decidiu, sem contestações, que retomará o nome Movimento Democrático Brasileiro (MDB). A ideia é resgatar os ideais de Ulysses Guimarães e de Teotônio Vilela, dois nomes emblemáticos no processo de redemocratização do país. A sigla PMDB, no entender de suas lideranças, está profundamente desgastada, mas, de acordo com analistas, está se tirando apenas o bode da sala, pois não houve discussão programática. Ademais, observaram, o problema não está no partido em si, mas em algumas de suas lideranças, sobretudo da cúpula nacional, boa parte dela envolvida em pendências judiciais. Como o TSE deve entrar em recesso, a mudança de nome só irá valer, de fato, a partir de fevereiro do ano que vem.

Maior bancada

A sigla Movimento Democrático Brasileiro tinha grande apelo por conta do próprio nome. Em vez de um partido, era um movimento que acolhia todas as tendências políticas que não fossem ligadas à Aliança Renovadora Nacional (Arena), e hoje pulverizadas nas muitas legendas. Havia apenas esses dois caminhos. Seu primeiro grande momento ocorreu em 1974, quando elegeu um expressivo número de deputados e senadores, ameaçando a maioria governista no Congresso. O primeiro impasse ante a nova formatação do Congresso ocorreria em abril de 1977, quando o presidente Ernesto Geisel mandou mensagem reformando o Judiciário. Como já não tinha maioria, fechou o Legislativo e criou a figura do senador biônico, que em Minas foi representada pelo senador Murilo Badaró.

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Os eleitos

Juiz de Fora teve um papel ativo no pleito de 1974, pois elegeu pelo MDB o senador Itamar Franco e os deputados Tarcísio Delgado e Sílvio Abreu Júnior. Para a Assembleia Legislativa, foram eleitos Amílcar Campos Padovani e Sérgio Olavo Costa. A Arena local mandou para a Câmara Federal apenas Fernando Fagundes Neto e Fernando Junqueira para deputado estadual. Itamar, então prefeito de Juiz de Fora cumprindo o segundo mandato não consecutivo – não havia reeleição -, se desincompatibilizou no último momento do prazo previsto em lei. Seu adversário era o senador José Augusto, considerado pule de dez, por receber apoio incondicional do Planalto e do então governador Rondon Pacheco.

Parlamento Jovem

Em 2018, Juiz de Fora voltará a coordenar o Parlamento Jovem Minas, quando terá a responsabilidade pelo Polo da Zona da Mata II e Caparaó, do qual fazem parte os municípios de Viçosa, Visconde do Rio Branco, Tombos, Ponte Nova, Paula Cândido, Piedade de Ponte Nova e a própria Juiz de Fora. A decisão foi anunciada durante encontro na Câmara Municipal, quando os coordenadores de cada município compartilharam experiências das edições anteriores. As primeiras datas de atividades já foram definidas. Em 25 de abril, haverá o primeiro encontro regional. No dia 25 de junho, ocorrerá a segunda rodada. No dia 3 de agosto, está previsto um encontro do grupo de trabalho e, no dia 10 de agosto, será a vez da plenária estadual.

 

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