Cresce o número de peemedebistas que quer ficar na aliança com Pimentel

Por Paulo Cesar Magella

19/11/2017 às 07h00 - Atualizada 18/11/2017 às 17h10

Com Pimentel

Cresce no estado o número de peemedebistas que querem manter a aliança com o governador Fernando Pimentel (PT) a despeito da resistência principal do presidente do diretório estadual, Antônio Andrade, atual vice-governador de Minas. As bancadas federal e estadual apoiam a ideia em sua maioria. Há cerca de duas semanas, vários emissários foram a Brasília pedir a não interferência do diretório nacional na questão, embora no plano federal os dois partidos atuem em campos opostos. Retornaram dizendo que obtiveram a garantia do senador Romero Jucá, presidente da Executiva Nacional, que o que for decidido em Minas está fechado. Teriam conseguido a mesma garantia do próprio presidente Michel Temer. Só o tempo dirá, no entanto, a extensão dos entendimentos.

Indefinidos

Entre os tucanos, a fala do senador Antonio Anastasia, durante palestra, de que não é candidato ao Governo sob nenhuma hipótese, abriu espaço para outras articulações. Afora o ex-governador, os tucanos não teriam nomes de peso para enfrentar o governador Fernando Pimentel. Nas muitas pesquisas realizadas na capital e nas cidades-polo, o desgaste do senador Aécio Neves é maior do que se previa, afetando até mesmo os possíveis nomes que venha a indicar. O próprio Anastasia pagaria parte dessa conta. Com medo de repetir o fiasco de 2014, quando apostaram na candidatura de Pimenta da Veiga – há 25 anos longe de Minas -, os tucanos admitem até mesmo apoiar um nome de outra legenda.

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Na expectativa

É nesse contexto que trabalha o deputado Dinis Pinheiro, hoje filiado ao PP, mas com forte ligação com os tucanos. Ele tem percorrido Minas, acompanhado do homem forte do Governo Aécio, Danilo de Castro, e mostra sempre essa possibilidade de acordo. Entre os socialistas, o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda segue a mesma toada, andando pelo estado. De posse de uma pesquisa que o mostra como político de baixa rejeição, ele atua na expectativa de apoio expressivo até mesmo de partidos de grande porte. No dia 5 de dezembro, ele desembarca em Juiz de Fora para uma nova rodada de conversas.

Não é hora

É por conta desse contexto conturbado que o prefeito Bruno Siqueira se fecha em copas sobre o seu futuro político. Prefeito de uma das maiores cidades do estado, ele sabe do potencial que tem, especialmente na Zona da Mata, mas não abre o jogo nem para os mais próximos. A estes diz apenas que é melhor esperar o quadro ficar mais claro, pois nem mesmo os caciques de Belo Horizonte sabem o que virá pela frente. Bruno tem sido assediado por lideranças do PMDB, principalmente ligadas ao vice-governador Toninho Andrade, mas a resposta tem sido a mesma: ainda é cedo.

Tombamento

A Câmara Municipal deverá realizar mais uma audiência pública ainda este mês. O vereador Adriano Miranda (PHS) protocolou na Mesa Diretora pedido para discutir o tombamento de cerca de 50 imóveis no Bairro Poço Rico, por iniciativa de um grupo de estudantes e professores de arquitetura, agora já na pauta de discussão do Conselho Municipal de Patrimônio (Compac). A data ainda não foi definida.

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