Antecipação de convenção é pano de fundo para tirar Aécio

Por Paulo Cesar Magella

18/08/2017 às 07h00 - Atualizada 17/08/2017 às 19h09

Cenário indefinido

A antecipação da convenção do PSDB para o fim do ano, como defende até o presidente em exercício, Tasso Jereissatti, não deverá afetar os diretórios estaduais e municipais por conta do mandato que está em curso e não completou, sequer, um ano. O pano de fundo é a substituição do senador Aécio Neves, mas o parlamentar mineiro não irá entregar de graça o comando da legenda a despeito de todo o desgaste que enfrenta. O entendimento é de que o prefeito de São Paulo, João Doria, principal defensor da mudança, queimou etapas e feriu o ritual da preferência. Mesmo comandando a maior cidade da América do Sul e em plena campanha para ser candidato a presidente da República, ele é cristão novo no ninho tucano.

Suplentes

Se a reforma eleitoral tirar a figura do suplente de senador, alguns cenários mudarão ostensivamente nos estados. A razão está no financiamento. Até então, os suplentes são, em boa parte, os principais financiadores de campanha, ante a expectativa de, em algum dia, assumirem o mandato, mesmo que temporariamente. Sem esse apelo, poucos vão se aventurar em investir em projetos políticos em que não sejam titulares. Em Minas, o senador Zezé Perrella é suplente, mas assumiu ainda no início da legislatura com a morte do titular Itamar Franco.

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Nos bastidores

Embora esteja com a popularidade na altura do rodapé, o presidente Michel Temer, pelo que foi visto em eventos privados, tem sido assediado para fotos e selfies. Na cerimônia em que tornou os supermercados serviço essencial, vários empresários fizeram questão de posar ao seu lado para fotos. O próprio Temer estava descontraído, o que mudou a relação com a plateia. Brincou com os aplausos, mas tratou de temas sérios como a reforma da Previdência e a reforma tributária. O presidente não está preocupado com a impopularidade e está convencido de que a história lhe fará justiça.

Farmácia Popular

A possibilidade de fechamento das unidades próprias do programa Farmácia Popular, subsidiado pelo Governo federal, é alvo de preocupação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Por conta disto, a Comissão de Saúde da Casa aprovou requerimento que irá debater a questão. As discussões podem acontecer a pedido do proponente, o deputado Fred Costa (PEN). O parlamentar solicita que a reunião seja realizada em Barbacena, em conjunto com a Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização. O deputado critica o fato de, até aqui, não terem sido definidas regras de transição para o fim do programa, gerando preocupações sobretudo para os idosos, maioria entre os beneficiários do projeto.

Paulo Cesar Magella

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